Justiça revoga prisão temporária de investigados na Operação Iluminado

Içara (SC)

Os dois investigados na Operação Iluminado que ainda estavam presos temporariamente foram colocados em liberdade na última sexta-feira (19/5/2023). A decisão foi do juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Içara (SC), Rodrigo Barreto, já que não houve interesse da Polícia Civil em representar pela prisão preventiva neste momento da investigação.

A operação apura suposto desvio de recursos da Cooperativa Aliança (Cooperaliança).

A ação policial foi deflagrada na última terça-feira, dia 16, e cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e mais quatro mandados de prisões temporárias. Dois dos suspeitos foram liberados ainda no dia da operação e um membro do Conselho de Administração da cooperativa e sua companheira continuavam detidos até a nova decisão judicial desta sexta-feira.

Apesar da revogação da prisão temporária, a Justiça determinou que o membro do Conselho de Administração da Cooperaliança seja afastado do cargo pelo prazo inicial de 30 dias. Ele também não poderá acessar as dependências da cooperativa.

“Com efeito, não há dúvidas que sendo posto em liberdade [nome do investigado], [cargo do investigado] da Cooperativa, facilmente conseguirá livre acesso à sede da Cooperaliança, bem como poderá exercer influência em relação aos colaboradores e à documentação contábil, financeira e jurídica, prejudicando as investigações em andamento. Até porque, supostamente possui conhecimento da rotina administrativa e mecanismos utilizados para desvio de valores, permitindo a manipulação de provas”, escreveu o juiz em sua decisão.

A Operação Iluminado

A Operação Iluminado foi deflagrada na última terça-feira, dia 16. O foco da operação foi a Cooperativa Aliança (Cooperaliança), cooperativa de distribuição de energia nas cidades de Içara e Balneário Rincão, além de parte dos municípios de Jaguaruna e Araranguá. A ação policial apura desvio de recursos da Cooperaliança para enriquecimento desproporcional de pessoas ligadas à atual gestão da cooperativa e familiares.

A investigação, que iniciou em maio de 2022, conseguiu levantar indícios de prática de crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato, falsidade ideológica e sonegação fiscal.

Os 12 mandados de busca e apreensão e os mandados de prisão foram cumpridos nas cidades de Içara e Balneário Rincão. Foram apreendidas também escrituras e contrato de compra e venda de imóveis. Buscas foram efetuadas ainda em uma revenda de veículos, que, de acordo com as investigações, seria para lavar dinheiro.

Durante as buscas a Polícia Civil localizou R$ 40 mil em dinheiro na casa de um dos investigados. Quatro carros também foram apreendidos, além de bloqueio de contas bancárias, bens móveis e imóveis.

A administração da Cooperaliança se manifestou sobre o caso por meio de nota e informou que “está à disposição das autoridades judiciárias para quaisquer informações que forem necessárias com relação à Operação Iluminado”, e que, por meio do seu departamento jurídico, “aguarda os desdobramentos das investigações a fim de contribuir com a transparência”. 

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Postado por REDAÇÃO JINEWS

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