• Paróquia São Miguel Arcanjo de Vila Nova em Içara (1ª parte)

    PARÓQUIA SÃO MUGUEL ARCANJO, VILA NOVA –IÇARA

Paróquia São Miguel Arcanjo de Vila Nova em Içara (1ª parte)

18 Set, 2023 09:15:40 - Artigo

Içara (SC)

A comunidade de Vila Nova, em Içara (SC), está a festejar o cinquentenário da Igreja, sede da Matriz São Miguel Arcanjo. São Bodas de Ouro de uma Igreja nascida como um ponto de oração aos caminhantes que cruzavam essas paragens, no início da Colonização Açoriana.

Em meio a Mata Atlântica e habitantes naturais, os indígenas, abriu-se o caminho da Urussanga Velha com destino à Araranguá. E então, em um outeiro e próximo a um coqueiro, escavou-se um tronco para servir como referência a quem buscava visitaros parentes, que seguiam com as famílias, na epopeia do povoamento das zonas litorâneas.

Eram poucos quem se aventuravam a entrar na mata densa. E essas pessoas, ao chegar nesse marco histórico religioso, depositavam uma oferta agradecendo ao Santo Antônio, visto ter, ali, uma imagem desse Santo. Faziam as orações e seguiam viagem.

Conforme a devoção do povo açoriano, por ali passavam também as Bandeiras do Divino Espírito Santo com a visita aos devotos, e por ocasião do Natal, as cantorias dos Ternos de Reis. Eram as louvações e visitas de Bênçãos aos moradores espalhados na grande gleba das sesmarias que se estendias do mar em duas léguas para o interior da densa e desconhecida floresta: família de Alvim José da Silva, Eleotério Réus, Teófilo Réus, José Deca Réus, família Borges, e outros vizinhos descendentes açorianos ou afros.

E desse marco de reconhecimento geográfico, ergueu-se um pequeno Império ao Divino Espírito Santo. Ali os foliões das Bandeiras do Divino Espírito Santo faziam parada e faziam a refeição do farnel levado na grande aventura, enquanto em versos e acompanhados de rabeca e tambor pediam a bênção generosa do Divino Espírito Santo às famílias, as lavouras, os bois, especialmente aos bois da junta que servia para o trabalho e passeios da família. O destino final era Araranguá (SC), onde era realizada a festa religiosa com o Império Daquele município.

Do pequeno Império, o povo pensou em construir uma capela e os foliões saíram com a Bandeira de Santo Antônio para angariar fundos. A família de Pedro Bernardino da Silva foi escolhida como líder. O Júlio Bernardino da Silva foi um dos foliões escolhidos, e Benevenuto Cardoso era o tesoureiro da Bandeira, ou Confraria, como se dizia na época.

Pode-se considerar esse movimento como a primeira diretoria que a Capela São Miguel conheceu na criação. Foram eles que mediaram na aquisição do terreno por doação de Alvim da Silva (Alvim Sul, como era conhecido). Em seguida foram entrando outros moradores, com a venda da sesmaria, já pertencente a José Fernandes Teixeira.


Então em 1926, o pequeno império do Espírito Santo ficou servindo como Sacristia e ampliou-se o espaço da Capela que foi dedicado a São Miguel Arcanjo, em Orago. E foi nessa capela, durante muito tempo celebrada o Dia do Senhor com três terços: Língua Portuguesa para Açorianos e afros; Língua Italiana para os os descendentes e Língua Polonesa para os imigrantes poloneses. Só após a unificação da Língua Portuguesa é que passou-se a celebrar um único terço para todos os fiéis.

Elevada a Paróquia em 1973, o padre Silvestre Junkes foi o primeiro Pároco da comunidade. Foi o sacerdote quem escolheu como sede da paróquia, pois, pois o irmão, padre Bernardo Junkes, pároco da Igreja Matriz São Donato, do Centro de Içara (SC), de onde originou-se a nova Matriz, havia escolhido a comunidade de Nossa Senhora de Fátima como sede da nova paróquia. Mas padre Silvestre o convenceu com as justificativas e São Miguel Arcanjo ganhou foros de Igreja Matriz de todas as capelas litorâneas do município. (1ª parte)

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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