"Medo?" é o título do artigo da coluna semanal de Nilton Moreira
Içara (SC)
Temos medo. Desde os primórdios quando ainda nas cavernas lidamos com esse abstrato, afinal somos espíritos que nos perdemos no tempo, e a cada reencarnação vamos compreendendo como lidar com essa sensação.
Medo é fundamental para preservação da vida, pois instintivamente estabelecemos limites para nos expor a determinadas situações. Mas medo excessivo é prejudicial ao desempenho de nossas atividades, pois nos tira a capacidade de concentração.
Não confundir medo oculto, subjetivo, do que de fato sabemos que vamos nos deparar concretamente. O medo subjetivo, aquele que não vemos, mas sabemos que permeia, encaremos com pensamento positivo, fé. A fé nos reveste de energia capaz de repelir qualquer fator que nos ponha em risco. É como se estivéssemos envoltos em carapaça. É tipo aqueles animais que se fazem de morto para que o predador não o ataque. Claro que não devemos nos expor colocando fé a prova, pois isso seria duvidar da Providência Divina, mas realizar o que precisamos dentro da coerência.
Nunca estamos desamparados, há o invisível a nos cercar positivamente, e lembremos que junto de nós tem um espirito protetor, um anjo de guarda e outros amigos espirituais que visam nos proteger e que regularmente nos fornecem através de intuições o melhor para nosso aprendizado aqui na terra, bastando estarmos receptivos e com pensamentos elevados.
Muitas vezes nos parece risco passar em determinado local, mas ao elevarmos o pensamento a Deus, conseguimos transpor sem dificuldade. É a espiritualidade agindo em nossa defesa. A questão 528 do Livro dos Espíritos diz: “no caso de uma pessoa mal- intencionada disparar sobre outra um projetil que apenas lhe passe perto sem a atingir, poderá ter sucedido que um espírito bondoso haja desviado o projetil? “Se o indivíduo alvejado não tem que perecer desse modo, o espírito bondoso lhe inspirará a ideia de se desviar, ou então poderá ofuscar o que empunha a arma, de sorte a fazê-lo apontar mal, porquanto, uma vez disparada a arma, o projetil segue a linha que tem de percorrer”. Então temos ai explicação de que consequência de qualquer violência que venha a nos acometer, se não for por nossa negligência ocasionada será afastada de nós.