• Violência contra mulheres revolta deputados estaduais

Violência contra mulheres revolta deputados estaduais

02 Mar, 2017 16:43:31 - Política

Florianópolis (SC)

O assassinato de três irmãs a facadas pelo ex-companheiro de uma delas em Cunha Porã, no Oeste do estado, revoltou os deputados. “Matou a ex-companheira e suas duas irmãs, feriu o marido da mais velha que só sobreviveu por se fingir de morto. O bebê de dois meses que estava na casa não foi ferido. Os motivos? Ciúmes, não aceitou o fim do relacionamento”, descreveu Luciane Carminatti (PT) durante a sessão ordinária da tarde desta-quarta-feira (1º).

De acordo com Carminatti, em 2015 a região Oeste superou a região Norte e registrou 15 feminicídios contra 11. Já em 2016, segundo a deputada, a cada três horas uma mulher foi vítima de estupro no estado. “Oito casos por dia entre tentativas e crimes consumados”, detalhou Carminatti, destacando em seguida que a primeira condenação de um assassino de mulheres no estado ocorreu em São José, em 2016. “Foi condenado por matar a namorada.”

A representante de Chapecó lamentou que os avanços no encorajamento das mulheres para que denunciem qualquer tipo de violência tenha provocado o aumento da violência. “Isso demonstra quantas ameaças sofrem as mulheres”, avaliou a parlamentar. José Milton Scheffer (PP) também condenou o ato. “Essa situação de mulheres brutalmente assassinadas mexe com todos nós e aponta para uma grande falha do sistema. A Justiça foi avisada, a polícia foi avisada”, ressaltou Scheffer.

Maurício Eskudlark (PR) também lembrou que a ex-companheira do assassino havia alertado as autoridades locais sobre as ameaças. “A mulher estava com medida protetiva, mas quando um diz que vai matar, nessas questões de briga de família, acaba acontecendo”, afirmou Eskudlark, que defendeu a substituição da medida protetiva pela prisão preventiva de quem ameaça.

Cesar Valduga (PCdoB) concordou com os colegas e acrescentou que a violência atinge também a comunidade LGBT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) e moradores de rua. Além disso, Valduga alertou para a precariedade das delegacias especializadas. “Carecem de estrutura e pessoal”, garantiu o deputado, que cobrou do governo a criação de um conselho LGBT. “Para a construção de políticas públicas.”

Operadoras na mira dos deputados

Mário Marcondes (PSDB) criticou fortemente as operadoras de telefonia móvel em Santa Catarina e admitiu convocar as empresas para explicar a situação. “Não podemos mais nos calar, temos de chamar (as operadoras) para saber o que está sendo feito, vender plano eles sabem”, reclamou Marcondes, que garantiu que em alguns bairros de São José não há sinal de celular. “O Bairro do Sertão e a Colônia Santana não têm celular, vamos voltar para a idade da pedra?”, questionou o deputado, que sugeriu convocar o Procon.

Ceboleiros em crise

José Milton Scheffer repercutiu na tribuna a crise que ameaça os produtores de cebola depois de uma safra recorde. “São mais de 10 mil famílias e 20 mil hectares plantados, uma produção de 600 mil toneladas, qualidade e quantidade”, registrou Scheffer, advertindo logo após que o preço pago ao produtor não cobre os custos da produção.

O deputado fez uma apelo ao Banco do Brasil para que acate a sugestão de diluir em cinco anos as despesas de custeio desta safra. “Para que produtor não seja considerado inadimplente e possa plantar ano que vem, senão vai criar uma crise muito grande”, avaliou Scheffer, que cobrou providências do Conselho Monetário Nacional (CMN) e Ministério da Agricultura. “Olhem para este segmento, tem toda uma cadeia produtiva, é preciso proteger agora para evitar uma nova leva para as periferias das cidades”.

Bertilo Heidemann

Manoel Mota (PMDB) lamentou a morte do amigo e ex-prefeito de Santa Rosa de Lima, Bertilo Heidemann, ocorrida no último sábado. “Ele foi prefeito, fez uma grande administração, voltou a ser prefeito e foi reeleito. Era um líder respeitado, colocou a esposa como candidata, elegeu ela prefeita. De repente, o Bertilo sentiu um problema de saúde, recorreu aos médicos em Florianópolis e Tubarão, foi a São Paulo, fez exames e detectou um câncer. Ele lutou muito, fez cirurgia, exames, fez de tudo, queria viver. Todos os partidos estavam presentes no enterro, vi a população inteira chorando”, relatou Mota.

TEXTO/AGÊNCIA ALESC
FOTO/MIRIAM ZOMER/AGÊNCIA AL

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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