UFRJ sedia primeira edição de festival de engenharia na América Latina

27 Jul, 2018 11:40:20 - Brasil

Rio de Janeiro (RJ)

O Brasil foi o país escolhido para sediar pela primeira vez, na América do Sul, o E-Fest South America (Festival de Engenharia na América do Sul), que começou hoje (27), no Rio de Janeiro. É a sexta edição do encontro organizado pela American Society of Mechanical Engineers (Asme). As edições anteriores ocorreram nos Estados Unidos (três) e na Índia (duas). O evento é promovido pela Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Poli/UFRJ) e pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ).

A Asme foi criada em 1880 e reúne atualmente mais de 140 mil engenheiros mecânicos. Organização sem fins lucrativos, que permite colaboração, compartilhamento de conhecimento e desenvolvimento de habilidades em todas as disciplinas de engenharia, a entidade está presente em mais de 150 países.

Um dos coordenadores dos trabalhos dos alunos da Poli e da Coppe, que serão apresentados no encontro, professor Fernando Castro Pinto informou à Agência Brasil que o evento é voltado não só para estudantes de engenharia mecânica, mas também de outras engenharias, jovens profissionais e pessoas que têm interesse e desejam cursar engenharia.

Habilidades

Além de palestras sobre mercado de trabalho e técnicas, estão programados mini-cursos e competições. Uma das palestras é sobre a construção de veículos movidos à força humana – a Human Powered Vehicle Challenge (HPVC). O certame vai premiar os melhores projetos com US$ 700, oferecidos pela organização, e dar apoio para viagem aos Estados Unidos para apresentação dos projetos vencedores, em competição semelhante naquele país. “É uma forma de tentar motivar os alunos, até mesmo para ter contato com o mundo lá fora, que hoje faz parte do mercado de engenharia, seja pelas empresas no Brasil, seja pela mobilidade mesmo”, disse o professor.

Outra competição de habilidades técnicas prevista é a OG (‘Old Guard’), que consiste teste oral, em inglês, de apresentações sobre aspectos técnicos, ambientais ou econômicos de engenharia. Faz parte ainda da programação o certame Mecaton. Nele, a Petrobras, empresa que apoia o evento, apresentará um problema de engenharia para o qual os estudantes deverão expor a solução em poucas horas. O tema do problema só será divulgado no momento da competição.

Fernando Castro Pinto espera reunir em torno de 500 pessoas no E-Fest South America. ”A gente acha que, se a pessoa tem interesse em engenharia, se está cursando engenharia, deve estar presente. Vai ser bem proveitoso para ela”, indicou. A expectativa é que outros eventos sejam promovidos no Rio pela ASME, com o mesmo enfoque.

Visibilidade

Aluna do quarto período de engenharia mecânica na UFRJ e integrante do grupo de estudantes que preparam o evento, a carioca Faenna Karolidis disse que para os futuros profissionais o E-Fest é encarado como uma revolução da engenharia brasileira e mundial. “Nós, os estudantes da UFRJ, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e das universidades particulares, temos muito a oferecer no mercado nacional e internacional. E festival está abrindo uma porta muito importante, no sentido dedar  visibilidade para todos os envolvidos no processo”.

Sobre as competições, Faenna acredita que são um meio de divulgar no exterior o que os engenheiros brasileiros estão fazendo em termos de inovação e pesquisa. “Por ser algo novo para nós, estudantes, e para o Brasil, que não tem competições semelhantes, o E-Fest é revolucionador. São várias novidades para o nosso país, para a nossa cultura, porque isso agrega para a engenharia do nosso país. Então, o E-Fest veio para fazer a diferença na vida dos estudantes de todas as engenharias, porque agrega conhecimento.”

O E-Fest South America se estenderá até o próximo domingo (29). Os participantes vão conhecer, durante o evento, alguns laboratórios da Coppe situados no campus, como o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano), o Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos (NIDF) e o Laboratório de Máquinas Elétricas (LabMaq), além do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras.

TEXTO/ MARIA CLAUDIA/ AGÊNCIA BRASIL

REDAÇÃO JINEWS
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