TRE-SC testou aplicativo QRToth no 2° turno das Eleições 2016

Florianópolis (SC)

Em caráter experimental, o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina desenvolveu o aplicativo de celular QRToth que permite ao próprio mesário ler e transmitir o boletim de urna por meio da leitura do QRCode. Este código é impresso pela urna eletrônica quando se encerra a seção eleitoral, e contém a quantidade de votos recebidos. Apesar de o aplicativo ter sido utilizado apenas para testes (a totalização foi feita pelos resultados obtidos pelas mídias tradicionais), os resultados obtidos foram promissores.

“O resultado da experiência foi impressionante. Em Blumenau, às 17h12, já tínhamos 52% dos seções transmitidas via QRToth e, às 17h41, já tínhamos 90%. Além disso há uma redução significativa de custo, pois não haveria necessidade de recolhimento das mídias no domingo, elas poderiam vir com as urnas na segunda-feira, por exemplo”, destacou o secretário de tecnologia da informação do TRE-SC, Álvaro Sampaio Corrêa Neto.

No total, 431 pessoas utilizaram o QRToth no segundo turno. O que permitiu a transmissão dos votos de 1.187 seções eleitorais. Em Blumenau, em função do empenho dos chefes de cartório, foi possível ler 98% das seções eleitorais. Em Florianópolis, 26% da seções foram lidas utilizando o aplicativo e 22% em Joinville. O projeto, desenvolvido pelo TRE-SC há cerca de três semanas, foi testado pela primeira vez no Brasil.

O aplicativo QRToth permite que o mesário possa utilizar seu celular para ler o QRCode impresso pela urna eletrônica no encerramento da votação e, assim, transmitir o boletim de urna para um banco de dados do TRE, mediante conexão com a internet.

Segundo Álvaro, o objetivo é desenvolver este método complementar de transmissão do resultado da urna, pelo qual o próprio mesário, ou o delegado de prédio, poderá fazer a transmissão do boletim de urna, trazendo mais agilidade e transparência para o processo, além de reduzir os custos.

Agora, o próximo passo vai ser enviar os resultados desse teste para o Tribunal Superior Eleitoral, que possui competência para normatização sobre o assunto e que irá avaliar a adoção do aplicativo para as próximas eleições.

TEXTO: ASSESSORIA DE IMPRENSA