Trabalho preventivo da Defesa Civil minimizam impactos das enchentes
Florianópolis (SC)
O volume de chuva que caiu em Santa Catarina nos meses de
maio e junho de 2017 supera os registros de chuva dos meses agosto de 1984 e
outubro de 2008. O levantamento foi feito pela Epagri/Ciram comparando o evento
atual com os registros históricos da bacia hidrográfica do Rio Itajaí-Açu. Mas
os impactos foram menores e sem morte registrada - resultado de um trabalho
preventivo cada vez mais intenso da Defesa Civil, e da sobrelevação das
barragens de Taió (Oeste) e Ituporanga (Sul).
Conforme o balanço divulgado em 8 de junho, a enchente de
2017 atingiu o volume de 412,6 mm em Taió, 552 mm em Rio do Sul, 421,4 mm em
Brusque e 375,5 mm em Blumenau. Em setembro de 2011, por exemplo, choveu
269,7 mm em Taió, 248, 2 mm em Rio do Sul, 240,5 mm em Brusque e 248,7 mm em
Blumenau. A chuva deste ano superou, nos mesmos municípios, a marca dos meses
de agosto de 1983, outubro e novembro de 2008 e agosto de 2011. Só não alcançou
os índices de julho de 1983, que superou os 574 mm em Taió, 606 mm em Rio do
Sul, 537 mm em Brusque e 542 mm em Blumenau.
Com tanta chuva, é normal que o nível dos rios também
aumente, afetando os municípios. Mas mesmo com os altos volumes registrados em
maio e junho deste ano, os efeitos foram menores. O secretário de Estado da
Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, tem uma explicação para esse fenômeno.
"As chuvas que ocorreram foram gerenciadas pelas barragens e a elevação
dos rios foi menor. Em 2011, em Rio do Sul, o nível chegou a 12,98 m. Enquanto
que neste ano, o nível atingiu a marca dos 10,57 m. Isso só foi possível por
causa da sobrelevação das barragens Sul em Ituporanga e Oeste em Taió",
comenta.
Em 2017, não houve morte por causa das chuvas. O trabalho preventivo da Defesa Civil conseguiu evacuar toda a população em áreas de risco há tempo. O resultado final foram 103 municípios com algum registro de dano, 31,8 mil pessoas afetadas pelo evento e 9,1 mil residências. Para prevenir de desastres, famílias saíram de casa e foram ou para abrigos públicos ou na residência de amigos, parentes ou hotéis. E assim que as águas retornaram ao nível normal do rio, as famílias voltaram para seus respectivos lares.
TEXTO/ ASSESSORIA DE IMPRENSA