Temer pede que policiais militares do Espírito Santo voltem ao trabalho

10 Fev, 2017 17:24:06 - Brasil

Brasília (DF)

O presidente Michel Temer criticou nesta sexta-feira (10) o movimento dos policiais militares no Espírito Santo, que há sete dias tem causado problemas à segurança pública com a falta de patrulhamento nas ruas. Em nota à imprensa, ele disse que a "paralisação ilegal" tem causado temor à população e afirmou que o direito de reivindicar "não pode tornar o povo brasileiro refém".

"O presidente conclama aos grevistas que retornem ao trabalho como determinou a Justiça e que as negociações com o governo transcorram dentro do mais absoluto respeito à ordem e à lei, preservando o direito e as garantias do pov,o que paga o salário dos servidores públicos, sejam eles civis ou militares", informou a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto.

Esta é a primeira vez que o presidente se pronuncia sobre o assunto. No início da semana, ele autorizou, por meio dos seus ministérios, o envio de militares e homens da Força Nacional para auxiliar na segurança da capital Vitória e sua região metropolitana. De acordo com o comunicado, Temer acompanha os fatos no estado "desde os primeiros momentos".

Desde sábado, 121 homicídios já foram registrados na região. Na manhã de hoje, 703 policiais militares foram indiciados pelo crime de revolta , por estarem armados e aquartelados nos batalhões. Nesta sexta-feira (10), familiares de PMs no Rio de Janeiro concentraram-se em frente a diversos batalhões, impedindo a saída de viaturas, da mesma forma como ocorre no Espírito Santo."[O presidente] condena a paralisação ilegal da polícia militar, que atemoriza o povo capixaba.

Ao saber da situação, determinou o imediato envio de dois mil homens para reestabelecer a lei e a ordem no estado", informou o Planalto.

"O presidente tem se informado todos os dias com o governador Paulo Hartung e vai fazer todos os esforços para que o Espírito Santo retorne à normalidade o quanto antes. Agirá da mesma forma sempre que necessário, em todos os locais onde for preciso.  O presidente ressalta que o direito à reivindicação não pode tornar o povo brasileiro refém. O estado de direito não permite esse tipo de comportamento inaceitável", diz a nota.

De acordo com interlocutores presidenciais, o governo acendeu o sinal de alerta quanto à possibilidade de os movimentos ganharem proporções nacionais. Essa preocupação, afirmam, pode levar o presidente a acelerar a indicação do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, cujo titular, Alexandre de Moraes, se licenciou após ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

TEXTO: AUGUSTO QUEIROZ / AGÊNCIA BRASIL


REDAÇÃO JINEWS
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