• TCE dá prazo de 30 dias para Michels explicar pagamento simultâneo de vereadores

TCE dá prazo de 30 dias para Michels explicar pagamento simultâneo de vereadores

08 Jun, 2020 21:29:11 - Política

Içara (SC)

O Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC) acolheu representação e determinou diligências para a apuração do pagamento de vereador Márcio Dalmolin (então no PSD) afastado ao mesmo tempo do suplente André Mazzuchello Jucoski (PSDB) no período de 1° de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2018 na Câmara Municipal de Içara (SC).

O procedimento foi instruído pela Auditoria Interna do Legislativo devido a denúncia do Observatório Social do Brasil de Içara (SC). O fato, ocorrido entre os exercícios de 2017/2018 e 2019/2020, representou um gasto extra de R$ 250 mil ao erário público. O relator acompanhou o entendimento que poderia prosseguir os trabalhos com apenas 14 vereadores já que a mesa deliberou em pagar  o vereador afastado, neste caso estão chamando o presidente, à época,  para esclarecer os fatos já que convocou suplente de vereador afastado incorrendo em pagamento de 16 vereadores, sendo que o correto seria apenas o pagamento de subsídios de 15, sendo 14 na ativa e um afastado judicialmente com o mantimento do pagamento.

Conforme orientado pelo setor Jurídico do Legislativo, a deliberação sobre a manutenção do subsídio de Márcio Dalmolin (PSDB) foi realizada pela Mesa Diretora. Além do ex-presidente Alex Ferreira Michels (PSD), também assinaram os vereadores Antônio de Mello (PL), Pedro Mazzuchetti (MDB) e Eduardo Michels Zata (PP). Contudo, a Diretoria de Atos de Pessoal do TCE aponta que não há expressa previsão legal e nem hipóteses de licença com remuneração previstas na Lei Orgânica de Içara como no caso aplicado.

Michels, por vez, indica que a decisão foi tomada pela Mesa Diretora conforme a Lei Orgânica, onde também buscou embasamento para a convocação do suplente após 100 dias de afastamento do titular. “Utilizamos ainda a presunção da inocência. Se a própria Justiça tivesse entendido que era para afastar sem pagamento, deveria ter determinado. Se não fosse mantido o pagamento do vereador afastado, em seu retorno, ele teria que receber com juros e correção, o que geraria um ônus ainda maior”, completa.

Pela decisão publicada nesta segunda-feira, dia 8, o ex-presidente terá 30 dias para apresentar a defesa junto ao TCE/SC. Dalmolin ficou quase dois anos fora do Poder Legislativo - sem a perda da remuneração – durante o processo criminal em que apura desvio de recursos públicos com a captação de parte dos salários de assessores para o pagamento de dívidas relacionadas a campanha. Devido ao afastamento a Mesa Diretora da Câmara Legislativa convocou André Mazzuchello Jucoski (PSDB), que fazia parte da coligação.

O retorno do titular foi determinado em habeas corpus expedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em abril deste ano.

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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