• Sindicatos e entidades rechaçam a Reforma da Previdência

Sindicatos e entidades rechaçam a Reforma da Previdência

10 Mar, 2017 00:19:00 - Geral

Araranguá (SC)


O Seminário contra a Reforma da Previdência, realizado na noite dessa quinta-feira, dia 9, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araranguá (SINDMA) apresentou um saldo extremamente produtivo. Anfitrião do encontro, o presidente do SINDMA, professor Fernando Espindola salientou que o evento mobilizou diferentes segmentos da comunidade.


O evento mobilizou lideranças do SINDMA, Sindicato Nacional dos Servidores Federais de Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Vale do Araranguá (SINTTRAVALE), Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Associação de Moradores do Bairro Lagoão, Associação de Moradores do Bairro Divinéia, Associação de Moradores do Bairro Cidade Alta, Associação de Moradores do Bairro Jardim Cibeli, Associação dos Aposentados e Pensionistas de Içara e Rincão, Federação dos Aposentados e Pensionistas Idosos de Santa Catarina (FEAPESC), Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Vale do Araranguá, (SINTE), Sindicato dos Trabalhadores Municipais do Vale do Araranguá (SINSERVALE), Sindicato dos Bancários de Araranguá e Região, Câmara de Vereadores de Araranguá e Movimento de Resistência Estudantil IFSC Araranguá.


Tramitação


Durante o seminário várias autoridades e lideranças, como a professora, advogada e vereadora de Içara, Edna Benedet, o presidente do SINDMA Fernando Espindola e o vereador araranguaense, Jair Anastácio, salientaram que caso a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 287/2016, seja aprovada, vai eliminar o direito de aposentadoria para milhões de brasileiros. A PEC, de autoria do governo federal tramita desde 5 de dezembro na Câmara dos Deputados. O vereador Luciano Pires, também de Araranguá, prestigiou o evento.


Fórum Municipal


No encontro ficou definido que as entidades representativas e lideranças de Araranguá formarão um Fórum Municipal Contra a Reforma da Previdência. Este órgão atuará em harmonia com o Fórum Catarinense. “A mobilização é fundamental para que possamos defender nossos direitos constitucionais. Oxalá que mais entidades e lideranças unam-se conosco nesta nobre causa”, disse Jair.


Mobilização

Os participantes do ato definiram, em comum acordo que, à luta contra a reforma da Previdência em Brasília, vai ocorrer de maneira planejada e pluripartidária. “Novamente demonstramos que unidos temos vez e voz! Este seminário foi o primeiro de muitos outros atos e mobilizações que a comunidade em parceria com sindicatos e entidades representativas dos trabalhadores vai realizar”, lembrou Fernando Espindola.

Rombo ou roubo?

Fernando explicou que, uma das principais justificativas para o projeto de reforma é o "déficit" ou "rombo" da previdência. “Não aceitamos, nem concordamos com essa tese, até porque ela não condiz com a realidade. Durante o seminário foram explanados números. Na verdade, o que existe é um roubo sistematizado dos recursos que deveriam ser da previdência, mas que desviam para outros objetivos, especialmente para pagar juros sobre juros aos banqueiros. Além disso, o governo perdoa os grandes empresários de pagar a previdência e faz de conta que não vê a sonegação cada vez maior”, ponderou.

Na reunião desta quinta-feira, dia 9, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araranguá foram mencionados pelo menos dez motivos para ser contra a aprovação da PEC 287:

1.  A idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres passaria a ser de 65 anos.
2. Para receber o valor INTEGRAL da aposentadoria, o/a trabalhador/a terá de contribuir por pelo menos 49 anos.
3. O prazo mínimo de contribuição aumentará para 25 anos.
4. O tempo que cada pessoa terá que pagar impostos da Previdência aumenta em quase 20 anos.
5. Para se aposentar integralmente aos 65 anos, a pessoa terá que começar a trabalhar, contribuindo com a Previdência aos 16 anos.
6. Cada vez que a expectativa de vida dos/das brasileiros/as aumentar, a idade mínima para se aposentar pode aumentar em 1 ano.
7. Já aqueles que trabalharam por algum tempo sem carteira assinada, terão que se aposentar proporcional aos 75 anos. E se nessa idade não tiverem 25 anos de contribuição, não irão se aposentar.
8. A reforma também acaba com a aposentadoria especial para o trabalhador rural, que nesse caso, teria as mesmas regras que um/uma trabalhador/a da cidade.
9. No caso de pensão por morte, a PEC 287 diminui o valor do benefício em 50% do valor que o parceiro/a recebia.
10. Ao igualar a idade mínima de aposentadoria a PEC 287 ignora a realidade das mulheres que têm jornadas duplas ou até triplas em nosso país.

TEXTO/ ASSESSORIA DE IMPRENSA 
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REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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