Símbolos e cidadania na opinião de César Smielevski

16 Ago, 2016 16:15:44 - Artigo

Criciúma (SC)

Em recente incursão pelo interior da América do Norte, uma característica comum as cidades despertou minha atenção: o hasteamento da bandeira nacional em frente as residências e empresas. Sem a pretensão de estabelecer qualquer paralelo entre os motivos pelos quais essa tradição não vigora no Brasil, é notório, no entanto, que ao longo do tempo, acompanhamos com irresponsável passividade, a banalização de alguns símbolos que outrora possuíam a prerrogativa de representar orgulho e respeito aos brasileiros. Suas presenças transmitiam uma áurea que inflamavam nosso nacionalismo e, consequentemente, favoreciam a cidadania, que nada mais é do que a convicção do cidadão em integrar efetivamente uma nação e nessa condição ter a ciência dos seus deveres e direitos. 

Se permitimos a derrocada de símbolos que nos foram caros em um passado recente, e é válida a correlação desse fenômeno com o exercício da cidadania, qualquer projeto que vise o futuro da nação e não se empenhe em resgatar imediatamente o simbolismo valoroso desses ícones, deve ser rediscutido quanto ao objetivo. Apartando a bandeira nacional do cerne dessa tese para não parecer chauvinista ou saudoso de um período de nossa história que valeu-se do nacionalismo oportunista, cito os professores como outro exemplo elucidativo. Profissionais que gozavam de prestígio, representando status para todas as classes sociais, atualmente encontram-se em situação degradante, em especial os que atuam na rede pública de ensino. Coagidos e intimidados pela sociedade e, se não bastasse, desrespeitados pelo estado, pais e alunos. 

Podemos também incluir nesse vale de lágrimas, as instituições de polícias. Sem capacidade de investimento em efetivo, tecnologia e inteligência, nos fazem esquecer quão respeitadas eram suas viaturas há três décadas atrás, circulando pelas ruas, devidamente identificadas, disseminando o sonho de ser policial entre as crianças brasileiras. Um grande país se consegue com planejamento e trabalho, resgatar os símbolos que aguçam o orgulho e a vontade da nação para superar os gigantescos desafios que temos pela frente é parte da solução e uma questão de respeito.

Presidente da ACIC, César Smielevski


CÉZAR SMIELEVSKI/PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE CRICIÚMA

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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