• Sessão tem crítica às agências regionais e defesa de viagens

Sessão tem crítica às agências regionais e defesa de viagens

10 Mai, 2017 11:26:47 - Política

Florianópolis (SC)

A sessão desta terça-feira (9) da Assembleia Legislativa teve críticas ao custo das Agências de Desenvolvimento Regional (ADR) e defesa de viagens ao exterior pelos parlamentares. “O valor pago pelo governo do Estado em aluguéis totalizou R$ 41 milhões, são R$ 5,6 milhões somente com as 29 sedes de ADRs, quase 13% do total. Com esse dinheiro daria para construir mais de 100 casas populares”, comparou João Amin (PP), que identificou custo de R$ 854 mil anuais com o aluguel da sede da ADR de Mafra.

Segundo João Amin, passados 14 anos da criação das secretarias regionais (hoje ADRs), é possível concluir que elas não eliminaram as desigualdades regionais, muito menos a litoralização. “A SDR é um mito, o desenvolvimento não se deslocou, permaneceu concentrado”, explicou o deputado, que comparou o custo de manutenção de R$ 247 milhões das ADRs com os investimentos realizados através delas, de R$ 225 milhões. “Que conta é esta?”, questionou o representante de Florianópolis.

Já o deputado Kennedy Nunes (PSD) defendeu a oportunidade e o interesse público dos deputados viajarem ao exterior. “Sou o único deputado do Brasil que em todas as viagens que fiz representando esta Casa apresentei um relatório em vídeo do que foi feito”, justificou Kennedy.

O deputado lembrou que é membro da União de Parlamentares Sul Americanos e do Mercosul (UPM) e da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). “Tenho a responsabilidade de representar esta Casa, sempre pratiquei isso, toda missão precisa prestar contas e trazer o relatório”, reforçou Kennedy, que exibiu na tribuna um vídeo sobre a visita que fez à Holanda para conhecer iniciativas de produção de energia limpa, de concessão de crédito, produção de leite e gestão portuária.

“Lá tem uma entidade que dá crédito para comunidades e pessoas de baixa renda, tem mais de 28 milhões de clientes, 80% são mulheres”, informou Kennedy. Cesar Valduga (PCdoB) concordou. “É preciso buscar experiências no mundo para o estado evoluir”, observou Valduga, que citou relatório feito por Kennedy sobre viagem à Suíça, quando conheceu o modelo carcerário daquele país europeu.

Ex-chefes

Durante sua fala na tribuna, Kennedy lembrou dos tempos em que trabalhou como repórter da ex-RBS em Santa Catarina. “O Leo Borba foi meu chefe quando trabalhava na RBS em Joinville, era aquele chefe exigente. Em Florianópolis o chefe era o Roberto Azevedo”, contou o deputado, que responsabilizou Azevedo pelo “batismo” do nome Kennedy Nunes. “O Roberto batizou meu nome de Kennedy Nunes, meu nome é Clarikennedy, queriam mudar meu nome e ele determinou 'fica Kennedy Nunes'.”

Assentamento José Maria

Dirceu Dresch (PT) repercutiu na tribuna audiência pública da Câmara dos Deputados que discutiu o funcionamento de uma unidade do Instituto Federal de Educação no assentamento José Maria, em Abelardo Luz. “São mais de 1,5 mil famílias assentadas que também precisam de uma melhor preparação”, defendeu Dresch, que reivindicou do município “espaço para os professores do instituto ministrarem aulas”. 

PLC 5/2017

Dresch também destacou o diálogo que vem mantendo com a Mesa diretora da Casa em torno do PLC 5/2017, de autoria dos deputados que compõem a Mesa. “Estamos em diálogo com o presidente Silvio, conversamos com o vice-presidente Aldo e a Mesa Diretora está preparando um substitutivo global, espero que nossos apontamentos possam contribuir”, informou Dresch.

SC-114 e porto de Itajaí

Maurício Eskudlark (PR) revelou que as obras na SC-114, que liga Taió a Salete, no Alto Vale do Itajaí, iniciarão nas próximas semanas. “Uma obra muito importante, muito cobrada e necessária para a região”, avaliou Eskudlark, que também ressaltou a dragagem do porto de Itajaí. “Foi apresentada a draga chinesa que fará a dragagem do porto, foram liberados R$ 38 milhões para a dragagem”, contou o deputado.

Faixa contínua

Maurício Eskudlark criticou duramente a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-163, no trecho entre São Miguel e Dionísio Cerqueira. “Não dá para ultrapassar, tem locais em que os caminhões rodam a 30 km/h, é um absurdo, é inadmissível uma linha amarela no meio da pista e recebemos uma denúncia de que estão multando”, lamentou Eskudlark.

Novo presidente do PT/SC

Dirceu Dresch parabenizou o deputado federal Décio Lima (PT), de Blumenau, pela vitória na disputa pelo comando do Partido dos Trabalhadores no estado. “Queremos cumprimentar todas as lideranças, o companheiro Matusa, de Tubarão, o deputado Pedro Uczai e o nosso eleito Décio Lima”, declarou Dresch.

O deputado criticou os tempos atuais e reconheceu a necessidade de traçar uma nova trajetória para o PT. “Estamos vivendo um período de ditadura midiática e jurídica”, garantiu Dresch, que pediu justiça ao ex-presidente Lula. “Queremos um país justo para todos, com estado de direito para todos os brasileiros, inclusive para o Lula, que ele não seja perseguido e que consiga fazer sua defesa”, finalizou o representante do PT.

Presídio de São Bento do Sul

Antonio Aguiar (PMDB) falou da situação em que se encontra o projeto de construção de uma penitenciária em São Bento do Sul. “Será uma unidade prisional com espaço humanizado, voltado à ressocialização, com atendimento social, médico, trabalho, com suportes estruturais e tecnológicos que dificultam motins e fugas”, descreveu Aguiar, acrescentando que a terraplanagem está pronta e que até o final de maio de 2017 será lançado o devido processo licitatório.

Hemosc de Canoinhas

“O Hemosc fechou em um dia, estacionou um caminhão e levaram todos os aparelhos e mobiliário e distribuíram pelo estado, a maior parte foi para Joaçaba. É um descaso com Canoinhas, o Hemosc ia ser reaberto, mas passaram dois meses e nada foi feito”, denunciou Aguiar, que lembrou que o secretário Vicente Caropreso determinou a reabertura da unidade. “O secretário assinou um documento pela sua abertura, vamos ver se vai prevalecer”, ponderou Aguiar.

BR-285

Manoel Mota (PMDB) garantiu que as obras da BR-285 não vão parar. “Estivemos em Brasília porque detectamos uma ação pela paralização da BR-285, mas a resposta foi que as obras não vão parar“, afirmou Mota, informando em seguida que na quinta-feira (11) vários deputados visitarão as obras. “Vamos fazer uma visita à serra, há 30 anos luto por essa obra, por isso não me canso”, justificou Mota.

Dois projetos

Cesar Valduga pediu apoio dos colegas para a aprovação de dois projetos de leis (PLs) que protocolou. O PL nº 137/2017 propõe a política estadual para o desenvolvimento sustentável dos povos tradicionais do estado “O projeto tem a  preocupação de preservar e promover direitos à identidade histórica, à permanência dos jovens, segurança alimentar, combate ao racismo e regularização fundiária”, argumentou Valduga, referindo-se aos ciganos, indígenas, quilombolas, coletores de mariscos, pescadores tradicionais e rendeiras, entre outros.

Já o PLC nº 16/2017 estabelece a ampliação da licença gestação para servidor efetivo. “O projeto assegura à gestante readaptação com função compatível com seu estado físico a partir do quinto mês”, declarou Valduga, enfatizando que atualmente a maioria das mulheres “está no mercado e muitas são as únicas responsáveis pela renda familiar”.

Transtorno na Via Expressa

Mário Marcondes (PSDB) criticou as mudanças promovidas pela Autopista Litoral Sul no final da Via Expressa (BR-282), sentido Sul do estado. “Estão causando um grande transtorno na Grande Florianópolis, tumultuando o trânsito, na saída da Via Expressa, sentido Sul, colocaram divisórias fazendo com que duas pistas se transformassem em uma pista e meia”, lamentou Marcondes.

O deputado ainda reclamou das saídas dos túneis do Roçado e do Kobrasol. “É um verdadeiro caos para atravessar de um lado para outro, não consultam os planos diretores dos municípios, fazem do jeito que querem”, lastimou o representante de São José, que cobrou uma posição da prefeita Adeliana Dal Pont.

TEXTO/AGÊNCIA ALESC
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Postado por REDAÇÃO JINEWS

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