Seminários debatem deficiências e desafios para a eletrificação rural
Sombrio/Braço do Norte (SC)
O mandato do deputado Dirceu Dresch está rodando o estado com um seminário regional que debate os desafios para garantir a segurança energética no meio rural. Nesta quinta-feira, (3/8), dois seminários serão promovidos na região Sul: Sombrio e Braço do Norte.
Estará em discussão o Projeto de Lei 71/2015, apresentado pelo parlamentar na Assembleia Legislativa, que fixa limites para o plantio de árvores exóticas, como pínus e eucalipto, próximo à rede de distribuição de energia elétrica. Outro tema do seminário é a substituição da rede de energia monofásica por trifásica no interior. Hoje 45% da rede de distribuição da Celesc é trifásica e o restante, monofásica.
Em Sombrio, o seminário será às 14 horas, na sede da Câmara de Vereadores. Já em Braço do Norte o evento inicia às 19h, no Bloco 2 do Salão Paroquial.
O projeto apresentado por Dresch determina que o plantio de árvores exóticas respeite uma distância mínima de 20 metros de cada lado em relação às linhas de distribuição. Hoje essa distância varia entre 7,5 e 10 metros, e é fixada por normativa, não por lei específica. A proposta de Dresch está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa.
Dados apurados mostram, que devido à pouca distância, mais de 70% das interrupções no sistema de distribuição de energia, principalmente na área rural, têm como causa o contato de árvores de reflorestamento com a rede energizada. "Um vendaval ou uma simples casca do caule do eucalipto que se desprenda e caia sobre a fiação faz toda a rede cair, gerando prejuízos incalculáveis para cidade, comunidades do interior. Isso precisa ser resolvido", afirma Dresch.
Deficiência energética no campo - Além dos apagões, outro grande problema no meio rural é a rede monofásica de energia. Dresch articula junto às entidades e setores da sociedade um movimento para pressionar o governo de Estado, no caso a Celesc, a modernizar a rede de distribuição, substituindo a rede monofásica pela trifásica, que garante maior qualidade e viabiliza o uso de equipamentos mais modernos.
"Nossa rede atual é arcaica, e há muito tempo já foi ultrapassada pela modernização do processo produtivos do meio rural. É urgente a substituição dos 42 mil quilômetros de rede monofásica pela trifásica no interior. Hoje, 55% da rede de distribuição é monofásica, isso é um grande atraso", frisa Dresch.
TEXTO/ASSESSORIA DE IMPRENSA
FOTO/DIVULGAÇÃO