• Segunda denúncia contra Temer esquenta debate na Câmara

Segunda denúncia contra Temer esquenta debate na Câmara

27 Set, 2017 10:20:47 - Política

A leitura da nova denúncia enviada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contendo crimes cometidos por Michel Temer (PMDB/SP) e seu grupo político no Plenário da Câmara dos Deputados esquentou os debates e as articulações políticas. Em menos de 60 dias, é a segunda vez que a PGR tenta obter autorização da Câmara dos Deputados para processar Temer por crimes que vão de corrupção passiva até a chefia de uma organização criminosa com atuação dentro do Congresso Nacional que há mais de uma década acumulou R$ 587 milhões em propinas.

No início de agosto, o governo Temer conseguiu escapar das investigações após comprar o apoio de deputados da base aliada via liberação de emendas parlamentares e recursos nos ministérios na ordem de R$ 5 bilhões, além da promessa de cargos em ministérios e empresas estatais. Com a segunda denúncia a prática parece que vai se repetir. No dia 21, data em que a denúncia deu entrada na Câmara dos Deputados, o Governo liberou imediatamente R$ 65 milhões em emendas para um grupo de parlamentares.

De acordo com o deputado federal Pedro Uczai (PT/SC), embora o governo Temer vai usar do mesmo expediente, negociações de recursos individuais com deputados, um fator pode preocupar o Governo e sua base de apoio: o desgaste político de uma nova negativa em autorizar as investigações. “Os deputados que na primeira denúncia contra o Temer votaram para salvá-lo, vão votar de novo para proteger o presidente? Temos que acompanhar especialmente como vão se posicionam os deputados catarinenses”, destaca Uczai.

A tentativa de alterar o sistema eleitoral para o “Distritão”, proposta derrotada na Reforma Política, estava diretamente ligada aos parlamentares da base de apoio de Temer que viam neste sistema uma possibilidade de manter-se como deputado nas eleições de 2018.  “Os deputados que votaram para impedir o prosseguimento da primeira denúncia enviada pela PGR à Câmara contra Michel Temer são os mesmos que votaram pela alteração do sistema eleitoral para o Distritão”, destacou Uczai. A explicação para isso está no fato de que este sistema eleitoral impede a renovação dos políticos, privilegiando as lideranças políticas que já possuem mandato. “O povo não teria opções em 2018, pois os partidos iam indicar para ser candidatos apenas as lideranças que já são deputados”, salienta o petista. 

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