Santa Catarina é o quarto maior produtor de leite industrializado do Brasil
Florianópolis (SC)
Com 2,44 bilhões de litros de leite captados pelas
indústrias, Santa Catarina supera Goiás e se torna o quarto maior produtor de
leite industrializado do país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), Santa Catarina foi o único Estado entre os
principais produtores de leite do Brasil a apresentar um crescimento na
produção em 2016. Enquanto a captação de leite pelas indústrias no Brasil
diminuiu 3,7% no último ano, em Santa Catarina o crescimento foi de 3,82%.
Os números divulgados pelo IBGE se referem à captação de
leite cru pelas indústrias inspecionadas, o que representa 76% do total
produzido em Santa Catarina. A estimativa é que a produção de leite do Estado
gire em torno de 3,2 bilhões de litros, incluindo o leite consumido pelas
famílias rurais e na alimentação de animais. O secretário da Agricultura e da
Pesca, Moacir Sopelsa, explica que em Santa Catarina a produção de leite está
concentrada nas pequenas propriedades de agricultores familiares e representa
uma importante fonte de renda para os agricultores. “O setor leiteiro é um
grande destaque de Santa Catarina e vem passando por grandes transformações,
com o investimento em pastagens, tecnologias e genética”, ressalta.
A produção de leite vem numa crescente em Santa Catarina.
Nos últimos 12 anos, o crescimento foi superior aos 10% ao ano. No mesmo
período, o Brasil teve um crescimento médio de 4% ao ano. Segundo o secretário
adjunto da Agricultura, Airton Spies, a tendência é de retomada do crescimento na
produção de leite no Estado, já que as indústrias estão ampliando fábricas, o
que deve aumentar a disputa por leite e estimular a produção. “O melhoramento
genético do rebanho e a melhoria da tecnologia empregada na alimentação e
sanidade dos animais também deve aumentar a produtividade das vacas e a
qualidade do leite produzido em Santa Catarina”.
Entre os maiores produtores de leite do Brasil, Minas
Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás apresentaram queda na produção em
2016. O maior produtor do país, Minas Gerais teve redução de 5,21% na captação
de leite nas indústrias; no Rio Grande do Sul a produção foi 6,84% menor do que
em 2015; e no Paraná a queda foi de 3,32%. Goiás, que antes ocupava o quarto
lugar no ranking de produção de leite industrializado no país, teve uma redução
de 5,55% no último ano. Esse cenário pode ser explicado pela alta nos preços do
milho em 2015 e 2016, o que refletiu no preço da ração para os animais e
prejudicou a alimentação das vacas leiteiras nesses estados. Como em Santa
Catarina o sistema de produção é majoritariamente baseado em pastagens o
impacto foi menor.
A Secretaria da Agricultura e da Pesca é uma grande
apoiadora do setor leiteiro, com programas e projetos que incentivam os
investimentos em irrigação, pastagens, infraestrutura e melhoramento genético.
Além dos esforços para garantir a sanidade animal, com indenização de
produtores e identificação do rebanho. “Nós queremos incentivar os agricultores
a investirem em suas propriedades, buscando conhecimento e crescimento na
atividade. Nossa intenção não é só aumentar a quantidade de leite produzido em
Santa Catarina, mas também aumentar a qualidade”, afirma o secretário Sopelsa.
Para que o leite seja competitivo no mercado global, o desafio é aliar alta
qualidade e custos menores, como o Estado já conquistou com a suinocultura e a
avicultura. “Com clima favorável, mão de obra qualificada e presença de
pastagem o ano todo, Santa Catarina tem todas as condições para produzir leite
bom, a custo competitivo e com qualidade”, afirma Airton Spies.
TEXTO/ ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO