Rodrigo Minotto faz discurso sobre violência nas escolas
Florianópolis
(SC)
O deputado estadual Rodrigo Minotto, líder do PDT na Assembleia Legislativa,
discursou nesta terça-feira (19) sobre os índices de violência nas escolas.
Segundos dados Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE -
2013), o Brasil aparece no topo do ranking de violência em escolas. “A violência que
ocorre nas escolas é reflexo da violência generalizada que tomou conta do país.
Especialmente, este ano, traduzida nas ocorrências incêndio de ônibus, de
apedrejamento de órgãos públicos, de assassinatos de policiais civis e
militares, dos assaltos aos bolsos do contribuinte através da corrupção”,
afirmou o deputado.
De acordo com ao OCDE, 12,5% dos professores ouvidos no
Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos
pelo menos uma vez por semana. Trata-se do índice mais alto entre os 34 países
pesquisados - a média entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil vem a Estônia, com
11%, e a Austrália, com 9,7%. Na Coreia do Sul, na Malásia e na Romênia, o
índice é zero. Em Santa Catarina, o tema retornou a pauta pelo fato ocorridos
na cidade de Indaial, quando a professora Marcia Friggi foi agredida por um
aluno de 15 anos dentro de um colégio estadual.
“Neste contexto perdem-se valores e princípios e tudo que
simboliza uma sociedade democrática e civilizada e carrega um medo que expõe a
fragilidade do poder público e a vulnerabilidade das escolas é tal que reproduz
a violência que ocorre no seio da sociedade, não sendo, pois, um fenômeno
intramuros, ou isolado”, disse da tribuna. Para o deputado, escola deveria ser
um lugar de proteção e de fraternidade não de reprodução dessa violência. “Até
porque os homens não nascem violentos e são, sim, produtos de suas relações
sociais.
É reflexo, também, da violência que se pratica, cotidianamente
contra opção sexual, de gênero, etnia, credo ou homofobia com efeitos
devastadores que aumentam ainda mais com a crise moral, financeira e econômica
que abala o país”, destacou. “Educadores, pais, alunos e a sociedade civil
organizada de Santa Catarina esperam ações emergentes e enérgicas do governo
referente ao assunto. É preciso investir maciçamente na formação continuada dos
professores”, sugeriu.
TEXTO/ ASSESSORIA DE IMPRENSA
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