• Representantes do movimento sindical catarinense emitem nota em Criciúma

Representantes do movimento sindical catarinense emitem nota em Criciúma

17 Set, 2018 14:49:33 - Economia

Criciúma (SC) 

Representantes do movimento sindical catarinense reunidos nesta segunda-feira (17) no Auditório Milton Mendes de Oliveira, do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região, debateram o impasse nas negociações dos trabalhadores em Criciúma e outras regiões do Estado.

Em conjunto, elaboraram nota oficial, criticando a posição patronal que resulta em enfrentamento histórico e jamais visto na região, com homens armados fazendo segurança privada em empresas.

Manifesto de Criciúma, a voz de 500 mil trabalhadores catarinense

Os representantes de mais de 500 mil trabalhadores catarinenses reunidos em Criciúma nesta segunda-feira (17/9/2018) tornam pública sua preocupação com os encaminhamentos dados pela classe patronal regional sul, legitimando um engodo que vem sendo aplicado pelos sindicatos das indústrias plásticas na negociação coletiva do setor.

Se arvorando em "crença na negociação coletiva" tentam iludir a comunidade regional que são os trabalhadores responsáveis por um dos mais graves momentos da relação capital e trabalho da região nas últimas décadas. Agridem, ofendem, agem de forma irresponsável e utilizam estes adjetivos para tentar atingir, justamente, os trabalhadores.

Defendendo intransigentemente e querendo obrigar a classe trabalhadora a digerir a "Reforma Trabalhista" como se fosse "Lei de Modernização Trabalhista", os patrões se armam, literalmente, com seguranças particulares que sacam armas de fogo contra operários e, ainda, têm a força policial, expressamente, da Polícia Militar, para constranger e acuar trabalhadores.

Responsabilidade e disposição para negociar fazem parte da prática dos trabalhadores catarinenses signatários deste documento, que construíram uma relação de respeito e confiança com a classe patronal em todos os segmentos.

Os patrões, publicamente, defendem a "volta à razão e a normalidade do processo negocial".  Os trabalhadores concordam, esperam que os sindicatos patronais façam isso  e usem este tradicional espaço de debates entre trabalho e capital para tomar decisões e não, apenas, para postergar acordos.

A "Modernização Trabalhista" que os patrões colocam à mesa de negociações é a maior afronta aos direitos dos trabalhadores desde a implantação da Consolidação das Leis do Trabalho e das relações trabalhistas pós-escravidão. Não vamos nos curvar a tentativa de se retomar a lei da chibata e do chicote.

A luta da classe trabalhadora é feita de desafios e este é mais um que vamos superar, como tantos outros. O trabalhador do Século XXI, por mais acuado, reprimido e explorado, está mostrando que não aceita mais a injustiça social e repudia a ganância e a busca desenfreada pelo lucro, que vem sendo demonstrada pela classe patronal.

Nossa força continua sendo a união e a mobilização da classe trabalhadora.

 
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Postado por REDAÇÃO JINEWS

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