Projeto inédito construído no Sul será referência no Estado
Criciúma (SC)
Sábado é Dia Internacional da Terceira Idade. No Brasil há 23 milhões de pessoas acima dos 60 anos, a expectativa de vida é de 75 anos, e é no Sul e Sudeste proporcionalmente que se concentra a maior parte desta população. A longevidade, no entanto, é cada vez maior e junto dela a necessidade de espaços voltados a esse público. Para atender essa demanda crescente, sabendo de suas necessidades e particularidades, quatro médicos se uniram em torno de um sonho e estão construindo, no pé da serra, em Siderópolis, o Nova Belluno Residencial Geriátrico. O local, que abre suas portas na próxima semana, chega com a proposta de acolhimento do idoso, onde ele possa encontrar uma residência permanente, temporária ou apenas para passar o dia.
Conforme o especialista além de colocar toda infraestrutura física e médica à disposição dos idosos o ambiente está sendo preparado para proporcionar bem-estar, num espaço acolhedor em que as premissas principais serão: o zelo e carinho. “Geriatria é uma ciência, mas também é uma questão de relacionamentos. Os idosos precisam ser respeitados em suas necessidades afetivas, da mesma forma que físicas, por isso, não faltarão esforços de nossa equipe para que esses, que lutaram uma vida inteira, tenham o máximo de cuidados e atenção”, aponta o médico que começou as pesquisas sobre residenciais geriátricos ainda no Trabalho de Conclusão de Curso da faculdade.
De acordo com projeções populacionais baseadas no último Censo, em 2060 a população acima de 65 anos deve chegar a 58,4 milhões. A expectativa média de vida deve aumentar para 81 anos. “A exemplo dos Estados Unidos e Europa, o Brasil dá os primeiros passos na criação destes espaços. Começamos com o residencial, um lugar com uma equipe completamente treinada e voltada ao bem-estar de 40 idosos em quartos coletivos e individualizados. Numa próxima etapa, virão as moradias assistidas. Tudo com piso antiderrapante, acessibilidade, banheiro com alças de apoio, botão de emergência, entre outros tantos itens de segurança, apoio e conforto, pensados na qualidade do envelhecimento”, explica o médico anestesiologista, especialista em dor, João Henrique Araújo.