Professora da Unisul destaca a arte no Dia dos Museus

17 Mai, 2017 13:48:59 - Educação

Tubarão (SC)

Simplesmente, dizer dos museus o que os museus me dizem para este 18 de maio, Dia Internacional dos Museus. Carregados de significados, os museus extrapolam um local para “guardar coisas”. Num primeiro momento, seus acervos falam por si. Contudo, podem dizer bem mais quando refletidos, pensados à luz do que os consubstanciam.  E ‘as coisas’ materiais e imateriais que os justificam permitem que não nos esqueçamos de parte da nossa cultura ou de diferentes culturas. Permite que nos encantemos com a possibilidade de presenciar o passado, de ressignificar o que, por natureza, não nos foi dado a experimentar em suas circunstâncias concretas, ou, que nos reconheçamos como consumidores e fruidores do que nos apresentam em pedestais, em nichos quase sagrados.

Embora destinados a diferentes temas, assuntos, produtos, há que se falar dos museus de arte, já que, mesmo distanciados de certas produções artísticas, jamais seremos indiferentes à arte (estes são meus museus prediletos). Então, nada de impessoalidade, importa dizer de alguns museus destinados ao patrimônio artístico da Humanidade. Por isso, que se diga do maior ou o mais importante museu do Ocidente: o Museu do Louvre, em Paris. Criticado por muitos especialistas por abrigar num mesmo espaço objetos representativos de diferentes épocas e culturas, o referido museu proporciona reconhecer a Antiguidade grega desabitada do seu contexto, mas perene. Assim, Vênus de Milo, Vitória de Samotrácia, parte dos frisos do Parthenon, entre outros, deixam à mostra o que se convencionou chamar estética clássica. Permite que se olhe nos olhos de Monalisa, e dizer, quem sabe, que é pequena demais para o valor lhe atribuído. Contudo, muitos desses objetos representam mais que um quadro ou uma escultura, são testemunhos da herança estética revitalizada pelo Renascimento e outros movimentos artísticos europeus.

Não menos importante, o Museu Britânico de Londres, cujo acervo de obras egípcias da Antiguidade remete a refletir sobre o apogeu e o declínio de uma civilização. O que dizer dos museus do Vaticano?  De Apolo de Belvedere à Laooconte e seus filhos: o clássico e o helênico. De Michelangelo a Bernini.

Esses espaços espalhados pelo mundo desvendam e, ao mesmo tempo encobrem circunstâncias históricas, e devem ser vistos com olhar atento. Eis que Picasso, Rembrandt, Miró, Frida são apenas referenciais para se comungar com o que se convencionou dar notoriedade. Mas não apenas isto. Integram parte expressiva da cultura artística.

Este passeio não pode ignorar os museus do Brasil. Das cidades históricas tombadas: museus a céu aberto, a acervos convencionais. Entre estes, o Museu de Arte de São Paulo, cuja coleção de obras de diferentes estilos e autores, mostra parte da importância deste que é considerado o mais importante museu de arte da América do Sul, com de 8.000 peças que datam da Antiguidade à contemporaneidade.

E não é o único em importância no País, já que o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, resguarda obras significativas para a história do Brasil, a exemplo de obras do catarinense Victor Meireles.

Mas isso ainda diz pouco sobre tais instituições. Há que se falar, também, que além dos acervos que proporcionam e motivam a visitação, muitas das edificações arquitetônicas que os abrigam são de importância singular para a compreensão da sua função. Por isso, visitar o acervo do Louvre, do Masp, do Guggenheim Bilbao, de Nova Iorque, do Museu do Amanhã, enfim, permite conhecer e reconhecer traços da arquitetura do barroco, da arte moderna, da arte contemporânea.

Dada a importância dos museus para a consagração, a proteção e tantas outras razões em visita-los e mantê-los vivos, particularmente, reconheço que a finalidade dos museus transcende o resguardo de ‘achados arqueológicos’, de objetos estéticos, entre outros. Mais do que isto, os museus permitem que se produza riqueza. Não somente riqueza material, mas riqueza cultural.

Por fim, toda data merece uma comemoração. Então, que os museus locais, regionais consigam falar por si e, ao mesmo tempo, estimular o reconhecimento do público e público por meio de seus acervos e importância cultural.

Valdezia Pereira
Coordenadora de eventos e projetos da Unisul Campus Tubarão

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

Tudo o que acontece em Içara, Balneário Rincão e na região você encontra primeiro aqui!

EXPRESSO COLETIVO ICARENSE
Cooperaliança