• Parceria resultou em projeto para facilitar detecção de problemas

    Parceria resultou em sensores térmicos baseados em cristais líquidos

Parceria resultou em projeto para facilitar detecção de problemas

05 Set, 2016 13:33:00 - Educação

Criciúma (SC)

Facilitar a detecção de problemas em sistemas de distribuição elétrica é um dos objetivos do projeto que a Unesc desenvolveu para o Programa P&D (Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico) Celesc/Aneel. Pesquisadores da Universidade desenvolveram sensores utilizando cristais líquidos para monitorar o sistema elétrico. Com o uso dos dispositivos, os técnicos da empresa responsável pela distribuição de energia elétrica vão conseguir monitorar com maior eficácia as linhas de transmissão, cabos e conectores, e assim, prever problemas que possam afetar o abastecimento de energia. 

O projeto “Desenvolvimento de Sensores Térmicos baseados em Cristais Líquidos para a Monitoração de Pontos Quentes e Correntes de Fuga em Equipamentos de Sistema de Distribuição” iniciou em 2013 no LAPPA (Laboratório de Processamento Avançado de Polímeros), com a participação de professores pesquisadores do PPGCEM (Programa de Pós-Graduação em Ciências e Engenharia de Materiais), alunos do Mestrado em Ciências e Engenharia de Materiais e estudantes dos cursos de Engenharia de Materiais, Engenharia Mecânica e Engenharia Química da Unesc. O projeto tem recursos da ordem de R$ 1,3 milhão, oriundos do Programa P& D Celesc/Aneel.


Segundo o professor doutor Alexandre Gonçalves Dal-Bó, coordenador do projeto de pesquisa, a Celesc abriu um edital para submissão de projetos de P&D e a Universidade inscreveu o seu projeto. Até então, os técnicos da empresa utilizam uma câmera termográfica com infravermelho, aparelho elevado custo e de baixa disponibilidade.

“Buscamos desenvolver um novo sensor térmico, de fácil aplicação e interpretação, que indique em cada conexão ou equipamento a alteração da temperatura através da variação de cor. O trabalho de inspeção não dependeria mais das câmeras e pessoas com treinamento específico para operar o equipamento com infravermelho, podendo assim, outras pessoas que atuam no sistema ajudar no monitoramento”, afirma Dal-Bó.

Segundo o professor doutor da Unesc, Tiago Elias Allievi Frizon, que também fez parte da equipe de pesquisadores, o protótipo do sensor térmico com cristais líquidos foi testado por técnicos da Celesc e teve bons resultados. “Fizemos uma inovação de aplicação do sensor com cristais líquidos. Com ele é possível ver, a olho nu, as alterações nas redes de energia elétrica”, comenta. Segundo Frizon, o sensor vai responder a qualquer alteração na temperatura habitual de funcionamento das redes de distribuição, sendo que o mesmo muda de cor, indicando problema: branco (até 75º C); azul (75º C a 90º C) e preto (acima de 90º C, o que é sinal de problemas na rede). 

A próxima etapa, segundo Dal-Bó, é a submissão do projeto a novos editais para aprimorar o protótipo desenvolvido e para aplicação como lote pioneiro/inserção de mercado nos editais Celesc. Além da Celesc, outras empresas que tenham necessidade de indicação da temperatura em seus componentes podem fazer uso do produto desenvolvido pela Unesc, futuramente.

O projeto na área de P&D rendeu duas propriedades intelectuais, três defesas de mestrado, três artigos científicos de elevado índice de impacto, trabalhos internacionais e nacionais.


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Postado por REDAÇÃO JINEWS

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