• Moda gestante: amadurecimento na gravidez gera novas oportunidades

Moda gestante: amadurecimento na gravidez gera novas oportunidades

10 Mai, 2018 10:38:02 - Variedades

Criciúma (SC)

As brasileiras estão engravidando cada vez mais após os 30 anos. Entre 2005 e 2015, o número de gestantes entre 30 e 39 anos aumentou 37,9%, segundo dados do Serviço Nacional de Nascidos Vivos (Sinasc). O mesmo acontece na faixa etária entre 40 e 49 anos, que apresentou aumento de 23,65% no número de grávidas ao longo desta década. Por outro lado, o número cai entre as mulheres de 20 a 29 anos (10% neste período) e de 15 a 19 anos (17%).

Esta evolução aponta que as mulheres estão priorizando outros aspectos - como casamentos e relacionamentos amorosos mais estáveis, realização profissional, viagens e experiências pessoais - antes de planejar um filho. A gestante com idade entre 30 e 40 anos tende a ser mais madura e consciente de sua situação - um perfil que precisa ser bem estudado para empreendedores que atuam com moda voltada às mulheres grávidas, como aponta recente relatório produzido pelo Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae/SC.

Mesmo sendo um período relativamente curto, as mudanças são bastante significativas e o mercado precisa estar preparado para atender às necessidades desse público, principalmente por conta da alta demanda: somente no período da pesquisa (2005 e 2015), nasceram 35,2 milhões de bebês no Brasil. Este nicho também precisa se preocupar com a sustentabilidade, desenvolvendo produtos que não só acompanhem a evolução da gestação mas que possam ser usados após o nascimento do bebê.

Roupas e calçados para gestantes

Para os empreendedores que desenvolvem peças para gestantes, a recomendação é buscar sempre tecidos leves, frescos e confortáveis, para não limitar o movimento da mulher. Além disso, devem ter tamanhos e modelagens específicas que proporcionem maior vida útil à peça. Um modelo de calça muito utilizado é o legging, por causa da elasticidade. O diferencial de outras peças está na cintura, onde a parte que envolve a barriga costuma ser mais larga e flexível - a dica é confeccionar extensores para calças e bermudas e vender como complemento. Pense em um kit com extensor e faixa para acomodar a barriga.

Como precisam se ajustar à barriga, blusas, camisas e camisetas costumam ser mais largas, mas é possível adaptar soluções com ajustes e amarrações laterais, que permitam um visual mais justo e que destaque a gravidez. No caso de vestidos, quando eles forem mais justos, é preciso privilegiar materiais mais finos e flexíveis.

Para os pés, a preocupação maior é com o inchaço e a mudança no senso de equilíbrio das gestantes e lactantes, por isso os calçados devem ser confortáveis e seguros. Recomenda-se evitar sapatos completamente sem salto, como rasteirinhas. Dê preferência para saltos grossos - de 2 a 5 centímetros - e solados emborrachados, que deem mais estabilidade. As modelagens precisam ser mais largas, para não comprimir os pés quando eles estiverem inchados.

Acessórios  

Uma boa oportunidade para empreendedores do setor de moda gestante é desenvolver acessórios que mesclem estilo e funcionalidade, como bolsas. O ideal é que elas não sejam muito grandes, por dois motivos estéticos (ela aumenta o visual na região da cintura) e de saúde (bolsas grandes e cheias pesam muito e podem prejudicar a gestante). Para este período, invista em peças com alças de mão ou bem estruturadas, caso seja utilizada no ombro. Durante os primeiros meses do bebê, opte por bolsas do estilo mala, para comportar os objetos necessários para cuidado da criança. Os slings (faixas para ajudar adultos a carregar bebês no colo, deixando as mãos livres) são práticos e ajudam a compor o visual das mamães.

Algumas empresas brasileiras se destacam neste mercado com soluções simples e diferenciadas - geralmente criadas por mamães que sentiram necessidades de mercado durante a gravidez. É o caso da Mammybelt (https://www.mammybelt.com.br): a empreendedora queria mudar as peças do guarda-roupas conforme seu corpo se alterava com o passar dos meses - só não encontrava peças com o estilo e preço que procurava. Ela decidiu então usar um extensor que permitia manter as roupas que já tinha. A solução deu certo, despertou o interesse de outras pessoas e se tornou um negócio.

A farmacêutica Júlia Quintana, por sua vez, desenvolveu pingentes feitos com leite materno - a inspiração veio de um produto semelhante que ela conheceu nos Estados Unidos, criado com objetivo de eternizar o momento em que as mulheres são lactantes. Surgiu então a Pingente do Amor (https://www.pingentedeamor.com.br/), que produz peças que não quebram, não tem cheiro e podem ser molhadas.

Confira as dicas do SIS/Sebrae para empreendedores do setor de moda gestante:

- Procure a opinião de médicos e especialista e conversar com gestantes para identificar a melhor maneira de atender às necessidades deste público;

- Confira alguns materiais do Sebrae sobre negócios voltados para gestantes, como "Moda para grávidas é um mercado potencial" e "Moda gestante: segmento com demanda potencial e baixa oferta";

- Conte com o apoio do Sebrae/SC para melhorar as estratégias do seu negócio. Ligue para 0800 570 0800 e agende atendimento na unidade mais próxima. 

TEXTO/ ASSESSORIA DE IMPRENSA
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REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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