• "Mito da boa gestão do governo Colombo foi pro buraco" afirma Dresch

    Santa Catarina tem a quarta pior situação fiscal do Brasil. Deputado critica ações eleitoreiras e defende discussão de salários acima do teto e isenções fiscais que chegam a R$ 6 bilhões

"Mito da boa gestão do governo Colombo foi pro buraco" afirma Dresch

24 Abr, 2018 10:53:59 - Política

Florianópolis (SC)

"Foram milhões gastos em propaganda  para não mostrar a realidade.  Mas a verdade veio à tona, e hoje a população sabe que o Estado de Santa Catarina está entre os quatro piores na gestão dos recursos públicos do Brasil. O mito da boa gestão do governo Colombo  foi pro buraco", afirmou na tribuna o líder do PT, deputado estadual Dirceu Dresch ao comentar as declarações do  governador Eduardo Pinho Moreira sobre a  dramática situação financeira do Estado. O deputado pretende convocar o secretário da Fazenda para dar explicações aos parlamentares sobre a situação fiscal do Estado.

Dresch afirmou que a situação é gravíssima e revela a realidade que ele próprio já vinha denunciando. "Inclusive propusemos aqui uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] para investigar as manobras e jeitinhos que adotaram nos últimos anos para tentar fechar as contas, como passar a mão no fundo de previdência dos servidores públicos, o desvio de mais de R$ 1 bilhão em impostos dos recursos da Celesc para o Fundo Social ou os R$ 6 bilhões em incentivos fiscais concedidos todos os anos, sem controle ou transparência, para grandes empresas. A farsa da gestão eficiente do governo Colombo, tão propagada em entrevistas em revistas e jornais, foi revelada. Sobrou o rombo financeiro da irresponsabilidade, um desastre absoluto."

O parlamentar também criticou a afirmação de Pinho Moreira de que o problema financeiro é a folha de pagamento. "Temos claramente um grave problema de gestão administrativa que se arrastou pelos últimos anos e agora chega o governador e diz que a culpa é do servidor público. Conta outra para os catarinenses. Não o traga o servidor público como vilão, quando se aprovou aqui projetos, sobre os quais votei contra, que criaram trenzinhos da alegria para beneficiar algumas categorias do serviço público, permitindo salários acima do teto do governador, ou quando se manteve e sustentou o cabide de emprego dos apadrinhados políticos que estão nas  ADRs [35 Agências de Desenvolvimento Regional]."

Ação efetiva e não eleitoreira

O líder do PT também ironizou o anúncio do governador  de demitir 230 cargos comissionados do Poder Executivo. "Fizemos um levantamento e vimos que essas demissões vão resultar em somente R$ 2 milhões por ano de economia, quantia claramente insuficiente para resolver a questão apresentada. Além disso, há a possibilidade de extinguir cargos que sequer estão preenchidos, com já fez o ex-governador Colombo." Como alternativa, ele propôs que o governo coloque em discussão a redução dos salários pagos às categorias de servidores públicos que recebem vencimentos mais elevados, as aposentadorias e pensões pagas a ex-governadores e a política de isenções fiscais praticada no estado.

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