• Jovem supera obstáculos e conquista carteira da OAB

Jovem supera obstáculos e conquista carteira da OAB

09 Jul, 2018 15:59:16 - Educação

Orleans (SC)

Alcançar metas e objetivos nunca foi um problema para a estudante Tamara Padilha, de 22 anos, ao contrário, a coragem e a vontade de encarar os desafios são determinantes para a jovem. Tamara é deficiente visual, mas isso nunca foi motivo para ela desistir de alcançar suas conquistas. Na última semana, Tamara, que é acadêmica da nona fase do curso de Direito do Unibave, foi aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.

A primeira fase da prova a acadêmica realizou no mês de abril, e a segunda fase foi no dia 10 de junho.  Tamara já vinha se preparando desde o início do ano para fazer as provas. Na primeira fase do exame, ela se dedicava em casa, cerca de quatro horas por dia nos estudos.

Para a segunda fase, ela dedicou ainda mais tempo durante os dois meses de preparo. A jovem também dividiu esse período de estudos para a segunda fase do exame com o Trabalho de Conclusão de Curso, que entregará neste semestre para apresentar no mês de agosto.

Foi uma jornada de seis meses de estudos intensos. Tamara conta que conseguiu a aprovação com uma média superior ao que ela esperara. “Fiquei surpresa quando soube que meu nome estava na lista, quase não acreditei. Antes da aprovação eu imaginava que se eu passasse seria com uma nota no limite, e acabou sendo uma nota maior do que eu esperava. Tem que alcançar média 6,0 para passar e eu tirei 8,35”, contou.

Para a acadêmica, o curso de Direito contribuiu muito para essa conquista, “quando eu estudava para o exame ia lembrando que certos conteúdos os professores já haviam falado em sala de aula, de certa maneira muitas matérias que caíram na OAB a gente só revê porque já tínhamos aprendido no curso".

Em relação a acessibilidade, para fazer as provas Tamara teve acesso a um computador com programa de voz, junto com um técnico em sala caso houvesse problemas nos leitores de tela, além do técnico também havia uma outra pessoa em sala para ser o ledor, caso a jovem necessitasse desse apoio para a leitura da prova.

Para a psicóloga Fernanda Zanette, coordenadora do Núcleo de Apoio a Acessibilidade – NAC do Unibave, a aprovação de Tamara no exame, assim como sua trajetória no curso de Direito representa a importância das pessoas com deficiência estarem nos níveis mais elevados de ensino.

“Isto desmistifica a ideia de que a pessoa com deficiência é incapaz ou menos qualificada para estar em alguns espaços ou exercerem atividades profissionais de maior complexidade. A história da Tamara nos motiva a continuar acreditando e trabalhando pela educação inclusiva”, salientou Fernanda.

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