• Iniciativas de professores e alunos do IFSC facilitam o aprendizado para alunos surdos

Iniciativas de professores e alunos do IFSC facilitam o aprendizado para alunos surdos

19 Out, 2020 14:44:52 - Educação

Florianópolis (SC)

Na semana em que se comemora o Dia do Professor, não podemos deixar de valorizar o trabalho desses profissionais que se esforçam para promover educação de qualidade aos seus alunos.

No Câmpus Palhoça Bilíngue do IFSC, voltado à educação de surdos, os desafios são ainda maiores. Para promover um aprendizado de qualidade, as professoras de física e química do câmpus desenvolveram kits para a realização de experimentos em casa no período de pandemia. E um projeto de um aluno do mestrado em Educação Profissional e Tecnológica desenvolveu uma abordagem de ensino da fotografia de produto aplicada à comunicação visual para os estudantes surdos do curso técnico integrado de Comunicação Visual.

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Kits com materiais são distribuídos aos estudantes surdos para realização de experimentos de física e química

Entre os estudantes, parece ser consenso que o conhecimento faz mais sentido quando eles conseguem aplicá-lo. Por isso, as práticas pedagógicas que aliam teoria e prática tendem a chamar mais a atenção. Foi pensando nisso, que as professoras de física e química do Câmpus Palhoça Bilíngue, Silvana Fernandes e Karina Zaia Machado Raizer, organizaram uma atividade interdisciplinar bilíngue para os alunos surdos do curso técnico integrado em Comunicação Visual, com o objetivo de abordar conceitos como massa, volume, estados físicos da matéria e densidade.

As professoras, que fizeram o planejamento das disciplinas juntas, prepararam as aulas de modo que os estudantes percebessem a inter-relação entre os conteúdos de cada uma, afinal elas não seriam ministradas ao mesmo tempo. E, para facilitar o aprendizado, elas montaram para cada aluno um kit, ou seja, uma sacola, confeccionada pela mãe da professora de física, contendo todos os materiais que eles iriam precisar para fazer experimentos em casa, já que todas as atividades no IFSC estão acontecendo de forma não presencial. Dentro do kit, materiais como tampinhas de garrafa, bolinhas de isopor e de vidro, cortiça, pesos de chumbo e até um cabide e potes plásticos para simular uma balança.

A atividade parece ter caído no gosto dos sete alunos participantes, que foram unânimes em mencionar que receber a sacola com os materiais para fazer as atividades facilitou o aprendizado dos conteúdos, embora muitos tenham admitido não ter sido fácil a realização dos experimentos. Todas as atividades também foram gravadas, para que possam ser reproduzidas por outras pessoas.

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Oficinas de fotografia aplicadas à comunicação visual preparam estudantes surdos para o mundo do trabalho

Quem não quer uma foto que exibe o seu melhor ângulo ou uma característica que mais lhe valoriza para postar nas redes sociais? Ou aquele clique maravilhoso que maximiza as qualidades e vantagens do seu produto, serviço ou da sua marca? Foi pensando nisso que o fotógrafo, professor e pesquisador, Eduardo Gomes, desenvolveu sua pesquisa no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (Profept) no IFSC.

O trabalho teve como objetivo operacionalizar uma abordagem de ensino da fotografia de produto aplicada à comunicação visual para os estudantes surdos do curso técnico integrado de Comunicação Visual do câmpus Palhoça Bilíngue, por meio de uma sequência didática para o ensino de foto. Sequência didática é um termo da área da educação que indica uma série de conteúdos, relacionados entre si, com a intenção de facilitar o processo de ensino e aprendizagem.

Foram seis oficinas abordando três diferentes temas sobre fotografia de produto aplicada à comunicação visual: fotografia de produto, fotografia de comida e fotografia de splash.

Todo esse material tem como público-alvo professores da área da fotografia e afins, e estudantes interessados nesse conhecimento, surdos ou ouvintes. “Embora não se possa generalizar que todo o estudante surdo tenha aptidão para imagem, nas oficinas que constituíram a sequência didática embasada no ‘saber pelo fazer’, ficou evidente que os participantes têm facilidade e sensibilidade necessárias para produzirem fotografias com riqueza de detalhes, habilidades extremamente importantes no universo da fotografia voltada à comunicação visual”, destacou Eduardo.

Todos os materiais das aulas, que foram transformados em videoaulas, bem como o resultado do trabalho desenvolvido, foram disponibilizados on-line.

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REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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