Inadimplência de contribuintes dos Bombeiros Voluntários de Joinville cai 55%

19 Abr, 2017 14:41:12 - Geral

Joinville (SC)

Uma das primeiras instituições lembradas pelas pessoas numa situação de emergência é o Corpo de Bombeiros. Ela vêm à cabeça quando o quadro grave é causado pelo fogo, por um acidente ou então — e infelizmente — pela crise financeira. No caso da organização voluntária de Joinville, mantida essencialmente com doações de cidadãos e empresas, ao ver o orçamento diminuir, muita gente também lembrou deles, mas para decidir cortar as doações mensais que ajudam a manter vivo o grupo, que existe há 125 anos.

Diferentemente de um estabelecimento comercial ou da prestação de quaisquer outros tipos de serviço, os contribuintes do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, na região Norte de Santa Catarina, não podem ser punidos com a cobrança de multa e juros sobre a doação não efetuada. Sabendo disso, cerca de mil colaboradores periódicos deixaram de ajudar com valores que variam entre R$ 10 e R$ 15 por mês. O abandono do repasse foi sentido, e a estratégia usada pela instituição centenária foi recorrer à tecnologia para lembrar os “inadimplentes” da necessidade de manutenção da ajuda.


Ao adotar o sistema de gerenciamento de pagamentos baseado na computação em nuvem (
cloud computing, em inglês) desenvolvido pela Asaas, a quantidade de contribuintes que havia suspendido as doações caiu mais da metade. O Diretor Executivo do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, Matheus Cadorin, afirma que desde o início da parceria — janeiro de 2016 — os atrasos caíram dos 4,5% para menos de 1% dos mais de 20 mil cadastrados.

“O sistema permite automatizar a cobrança, evitando que o nosso parceiro esqueça de pagar a mensalidade. Os lembretes são enviados por mensagens eletrônicas antes e depois da data de vencimento, sempre convidando o cidadão a voltar a contribuir”, explica. O processo permitiu inclusive que integrantes do Corpo de Bombeiros Voluntários pudessem ser realocados em funções mais relevantes para a administração da estrutura, já que não há a necessidade de mantê-los na tarefa de ligar para os moradores cobrando os valores.

Pagamento via conta de luz é caro


Algumas instituições que dependem da doação pessoal de valores recorrem a outras formas de cobrança. A mais comum delas é a inserção da mensalidade na conta de energia elétrica, que é uma das últimas cobranças a ser deixada de lado pelos consumidores. “O problema é que as empresas ficam com metade do que é arrecadado”, diz o CEO da Asaas, Piero Contezini.

Para reduzir os custos, o sistema permite ainda que as associações e organizações não governamentais (ONGs) emitam boletos bancários por uma taxa inferior à praticada pelos bancos. Enquanto as instituições financeiras tradicionais costumam exigir o pagamento de até R$ 12 por guia, os mesmos documentos, quando emitidos via
software custam 15% desse valor.

Sobre a ASAAS

Com sede em Joinville (SC), a startup oferece serviços financeiros para profissionais autônomos, MEIs e micro e pequenas empresas. Criada em dezembro de 2013, a plataforma ASAAS é uma solução completa para gestão de pagamentos e cobranças. Depois de fechar o ano de 2015 com um crescimento de 400%, a startup financeira (fintech) aumentou o faturamento em cerca de 320%, em 2016. No mesmo ano, os clientes ativos transacionaram um total de R$ 103 milhões via sistema. Desde o lançamento da startup, o sistema já recebeu investimentos de mais de R$ 6 milhões. O último aporte recebido foi no valor de R$ 2,5 milhões, liderado pelo fundo Cventures Primus.

TEXTO/ ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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