• Içara possui sala exclusiva para produção de materiais

    Quatro profissionais fazem parte do núcleo de produção de materiais para alunos com deficiência

Içara possui sala exclusiva para produção de materiais

19 Jul, 2017 16:16:29 - Geral

Içara (SC)

A vida escolar é uma época especial para os alunos e motivo de orgulho e alegria para as famílias ou cuidadores. No dia a dia das crianças com deficiência, entre elas intelectual, visual, física ou autismo da Rede Municipal de Içara, esse momento é ainda mais especial.  Assim que iniciam sua trajetória nas unidades de ensino, os estudantes que possuem laudos e atestem estas deficiências, são assistidos pelo Atendimento Educacional Especializado da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia.

No município há um Núcleo de Produção, que prepara os materiais de acordo com a necessidade de cada aluno. Segundo a coordenadora de Educação Especial da Rede Regular de Ensino, Marlene Casagrande, os materiais são elaborados a partir dos laudos médicos enviados às escolas, ou de acordo com a necessidade do estudante. “No caso dos alunos com baixa visão, os oftalmos geralmente colocam o grau de dificuldades da criança. No entanto, se esta informação não foi apurada ainda, o aluno passa por testes e avaliações realizado pela equipe do Núcleo de Produção, que está apta para realizar este teste”, explica.

O Núcleo de Produção, localizado na Escola Maria Arlete Bitencourt Lodetti iniciou as atividades em dezembro de 2016, se tornando independente de outros órgãos para aquisição destes materiais. “Com o apoio da Secretaria de Educação, nos unimos e montamos a sala para produção/adaptação de materiais didáticos e paradidáticos. A necessidade de termos um espaço para produção e ampliação se deu ao percebermos que os livros convencionais não atendiam as necessidades de nossos alunos”, informa a responsável pelo Núcleo, a pedagoga Maria Izabel Luiz, que possui diversos cursos na área da Educação Especial.

Em 2012, a equipe atendia somente alunos no Atendimento Educacional Especializado nas próprias escolas, nas chamadas Salas de Recursos Multifuncionais, hoje já são mais de 70 alunos contemplados. “Preocupados com essa situação e visando assegurar o direito deles, buscamos fazer a diferença oferecendo o livro didático ou paradidático, em braile, para nossos alunos cegos, e em fonte ampliada cujo tamanho seja adequado aos nossos alunos de visão subnormal. Oferecemos ainda livros com pictogramas ou figuras de comunicação (PECs) para os alunos com deficiência intelectual, física ou autistas”, coloca a professora Keila Borges Feliciano Felipe. 

Para imprimir os materiais em braile, a equipe utiliza um software especializado. “Cada letra e número é um conjunto de códigos. Os desenhos também são ampliados antes de receberem o braile. É um trabalho complexo e que exige tempo, com todo o cuidado pra não perder a formatação”, explica a acadêmica de matemática Bruna Luiz Rabello, responsável pelo trabalho.


Inclusão

Os materiais produzidos vão além dos didáticos usados na sala de aula.  “Há muitos jogos e livros de literatura que são disponibilizados no Núcleo para serem levados para casa. Um capítulo de livro de dez páginas vira uma grande apostila com letras e figuras ampliadas, por exemplo. Tudo pensando no bem estar dos alunos”, explica Marmis Custódio Roussenq, professora que integra o Núcleo. De acordo com Marmis, uma aluna da Rede Estadual (ex-aluna do município), que frequenta o ensino médio, também é contemplada com os materiais que necessita para acompanhar as aulas.

Já o aluno Vitor Sartor, de oito anos, frequenta o Núcleo todas as segundas-feiras e recebe os materiais ampliados na Escola onde estuda, pois tem baixa visão. “Ele usa óculos desde os oito meses e recebe atendimento desde a educação infantil. A dedicação e o profissionalismo delas são fundamentais para que nossos filhos e alunos não se sintam excluídos ou fiquem em desvantagem. É claro que além dos recursos recebidos, o apoio dos pais e cuidadores é fundamental”, fala a mãe do menino e também professora Maristela Sartor.

“É um trabalho intenso e de muita dedicação. A equipe começa o trabalho nas férias, para que no início do ano letivo a criança já receba todos os materiais sem atraso. Essa iniciativa vai de encontro ao trabalho de humanização de todo o Governo, de inclusão e de atender todos com qualidade”, coloca a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia Gerusa Bolsoni.  

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Postado por REDAÇÃO JINEWS

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