• Içara é única da região com o projeto “OBMEP na Escola”

    Sessenta alunos são contemplados nas aulas que ocorrem quinzenalmente no núcleo do Naes

Içara é única da região com o projeto “OBMEP na Escola”

24 Mar, 2017 10:02:50 - Educação

Içara (SC)

Os alunos que tem interesse em participar da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), contam a partir desta semana com um reforço.  Içara é o único município da região carbonífera que desenvolve o “OBMEP na Escola”, um projeto do Governo Federal, que tem por objetivo melhorar a qualidade do ensino da matemática nas escolas públicas, e preparar os alunos para as provas.

Anualmente, quando acontece a prova da OBMPE, ocorre também um exame para professores de todo o Brasil. A partir dos resultados, são selecionados professores para desenvolverem os projetos. Em Içara, três educadoras foram aprovadas nos últimos dois anos: Marlene Stairk, Angelita Possamai e Karine Calegari Mrotskoski.

Marlene desenvolve o projeto na Escola Paulo Rizzieri. Já Angelita e Karine, pela proximidade do Centro, resolveram criar um núcleo onde os alunos de outras escolas municipais pudessem se concentrar e desenvolver melhor as atividades. “O programa iniciou em 2016 e participam, além dos medalhistas e dos que recebem menções honrosas, os alunos que ingressaram para as fases seguintes da olimpíada, ou então, quem já tem o apreço pela disciplina. O programa segue até final de novembro”, explicou Karine.

As educadoras recebem uma bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior(Capes)para conduzirem as atividades. Além dos içarenses, alguns alunos dos Colégios Arruda Ramos e Jorge da Cunha Carneiro, de Criciúma, também são contemplados.

O programa

Todas as aulas e apostilas são fornecidas pelo Governo Federal.  O professor pode permanecer no Programa por três anos, sendo avaliado pelo desempenho dos alunos participantes.“Antes do programa, nós já desenvolvíamos atividades de reforço com os alunos da Rede Municipal, com materiais elaborados por nossa equipe. Já nesse segmento, todos os materiais são elaborados pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada. Os conteúdos são mais específicos, com acesso ao banco de questões, o objetivo dessas aulas é que o aluno se destaque e passe para as próximas fases da olimpíada”, adiantou Angelita.

De acordo com a professora, o incentivo da preparação traz muitos frutos, não só para o aprendizado, mas para o futuro dos participantes. “Se o aluno ganha qualquer tipo de medalha na Olimpíada ele é contemplado com uma bolsa de estudos no valor de R$ 100,000 mensais para aulas extraclasse ainda no Ensino Fundamental e Médio. Já a premiação, dependendo do número de medalhas que o aluno adquiriu no decorrer da vida escolar, pode render  bolsas de estudos para realizar a graduação”, informou.

Os alunos de nível 1 (6º e 7º anos) e nível 3 (Ensino Médio) são recebidos quinzenalmente para as aulas no Núcleo do Naes de Içara. Os alunos que integram o nível dois (8º e 9º anos) são dispostos nos outros dois grupos.


Incentivo familiar e do município

Claudia Augustinho, mãe de Samuel, de 11 anos, avalia que o programa veio como um incentivo para a educação do filho. “Para mim está sendo bem valido, meu filho quem tem interesse. Minha preocupação como mãe é que ele tenha um bom rendimento escolar, e o fato de ele querer aprofundar o conhecimento em matemática partiu dele, isso me deixa muito feliz”, colocou.

A mesma vontade em aprender a ciência exata também é relatada pela jovem Cibele Vargas, da Escola Quintino Rizzieri. “É a primeira vez que eu participo de algo do gênero. Quero me dedicar e aprender ao máximo, para conquistar mais medalhas para nossa escola”,falou.

“Somos parceiros de todas as iniciativas que incentivem o aprendizado dos alunos. Para este programa, o município fornece espaço, lanche e transporte para os alunos do município que precisam se locomover. Nossa intenção é avaliar e analisar como as atividades ocorrerão, para ampliarmos o número de turmas no ano que vem, trabalhando com todos os níveis da olimpíada”, completou a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia Gerusa Bolsoni.

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