• Governador Raimundo Colombo na Operação Lava Jato

Governador Raimundo Colombo na Operação Lava Jato

13 Abr, 2017 14:22:24 - Política

Florianópolis (SC)

Em 26 de setembro de 2016, a Odebrecht é alvo de um inquérito da Polícia Federal, desdobramento da 35ª fase da Operação Lava-Jato, para investigar 38 obras da empresa que supostamente envolvem pagamento de propina. A CASAN é citada nesta fase de investigação como uma possível Estatal a ser privatizada em favor da Odebrecht. 

No dia 11 de abril de 2017 o ministro do STF, Edson Fachin, encaminha ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) uma denúncia contra o Governador Raimundo Colombo para apurar o recebimento de R$ 17,1 milhões de recursos de “Caixa 2” destinados à campanhas eleitorais do DEM/PSD nos anos de 2010, 2012 e 2014. Esses recursos foram destinados às campanhas de políticos da alta cúpula do Partido em SC.

Os ex-diretores da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis e Paulo Roberto Welzel, relataram ter se encontrado com Raimundo Colombo “em meados de 2010” na sala VIP do banco HSBC do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde Colombo pediu  “contribuição à sua campanha eleitoral no valor de R$ 2 milhões". 

Os delatores também afirmam que, em contrapartida do “apoio” via “Caixa 2”, Colombo ofereceu aos executivos a privatização da CASAN em favor da Odebrecht Ambiental. Segundo os ex-diretores da Odebrecht Ambiental, Ênio Branco e Antônio Gavazzoni pediram dinheiro de “Caixa 2”, em 2012, para o candidato prefeitura de Florianópolis, Cesar Souza Junior, e em 2014 para campanhas dos deputados Gelson Merisio e José Nei Ascari, todos do PSD.

Na condição de Deputado Estadual, em 2010, fui o autor da Emenda Parlamentar 54 à Constituição Estadual, que impedia a alteração no controle acionário da CASAN e da CELESC sem uma consulta popular aos verdadeiros donos do patrimônio público, o povo catarinense.

No final de 2010 recebemos uma carta anônima de uma servidora aposentada da CASAN relatando que haveria um suposto acordo entre o então candidato a Governador João Raimundo Colombo (DEM – hoje PSD) e os executivos da Odebrecht para privatizar a Estatal. Pelo relato da carta, a empresa Odebrecht pagou R$ 2 milhões à campanha de João Raimundo Colombo e a contrapartida, depois de eleito Governador, seria a venda de ativos da CASAN para a Odebrecht.

Em junho de 2011 no primeiro ano de mandato do governador João Raimundo Colombo o Executivo encaminhou para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina um projeto para vender até 49% dos ativos da CASAN à iniciativa privada, sem consulta popular. Em setembro de 2011 os deputados estaduais aprovaram por 30 votos favoráveis e 08 contrários a privatização de 49% das ações da CASAN e também alteraram a Emenda 54, desobrigando consulta popular para vender ativos da CASAN.

Após a confirmação da inciativa do Governador João Raimundo Colombo de vender ativos da CASAN, encaminhamos a carta denúncia aos órgãos competentes, Ministério Público Estadual (MPE) e Tribunal de Contas Estadual (TCE).

Em 2011, já havia tomado posse como Deputado Federal e fui denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Governador Colombo por conta da denúncia que fizemos. Em 2014, o STF arquivou o processo por ausência de qualquer indício de calúnia ou difamação.  

Entendemos que a iniciativa do Governador de alterar o controle acionário da CASAN confirmava o teor da carta que recebemos da servidora aposentada. Nesse momento tornamos público o teor da carta denúncia relatando o suposto conluio entre a empresa Odebrecht e o Governador do Estado.

Nosso objetivo em tornar pública a denúncia foi evitar a privatização da CASAN, patrimônio do povo catarinense. Felizmente, com a repercussão pública do caso, naquele momento, o Governador Colombo foi obrigado a recuar de sua decisão política de privatizar 49% dos ativos da CASAN.

Temos a convicção que valeu a denúncia que fizemos. Garantimos a CASAN como um patrimônio do povo catarinense. Ao mesmo tempo, o prosseguimento da investigação mostra que a denúncia que fizemos estava correta. Esperamos que a “Operação Lava-Jato” dê conta de colher as provas da relação entre o Governador Raimundo Colombo e os executivos da Odebrecht.

A CASAN e a CELESC fazem parte do patrimônio dos catarinenses.

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