• Ex-funcionários da Milano incendeiam pneus

Ex-funcionários da Milano incendeiam pneus

16 Mai, 2017 16:12:56 - Segurança

Criciúma (SC)

Funcionários da empresa Milano Estruturas Metálicas, localizada no bairro Santa Luzia, em Criciúma, estão acampados na frente da fábrica há 22 dias. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Criciúma e Região (Sinmetal), Francisco Pedro dos Santos, os colaboradores estão mobilizados no local, pois estão sem receber desde dezembro do ano passado.

A ação dos colaboradores é realizada para que o maquinário da empresa não seja retirado do local, tendo em vista, segundo o presidente do sindicato, que a venda destes equipamentos deveria ser destinada ao pagamento dos funcionários. Dos 130 trabalhadores da empresa em torno de 80 estão reunidos no local.

“Estamos aqui aos sábados, aos domingos, no Dia das Mães. Este movimento é para que esta situação se resolva o mais rápido possível. Estes trabalhadores estão sem receber há seis meses, período que vem sendo enrolados pela empresa. Todo este maquinário é a garantia do pagamento dos funcionários”, afirma Santos. Na manhã desta terça-feira pneus foram queimados pelos trabalhadores na frente da empresa.

Santos ressalta que o sindicato entrou com uma ação de penhora para que os equipamentos sejam vendidos. O valor foi orçado em R$ 5 milhões. No entanto, o sindicato foi informado nessa segunda-feira, dia 15, que a empresa entrou com uma ação de recuperação judicial para que os equipamentos não sejam vendidos. 


Empresa 

Em nota, a empresa ressalta que encontra-se em recuperação judicial em tramitação na 1ª Vara da Fazenda de Criciúma e considera o movimento desta manhã radical e proibido por decisão judicial. Veja nota completa abaixo:

Dados os acontecimentos cumpre esclarecer que a empresa Milano passa por um processo de reestruturação. Atualmente, encontra-se em recuperação judicial, processo n.0304346-22.2017.8.24.0020, em tramitação na 1ª Vara da Fazenda de Criciúma.

Sobre a movimentação ocorrida hoje, pela manhã, em frente ao portão principal da empresa, trata-se de um movimento radical, inclusive, proibido por decisão judicial proferida nos autos n. 0000439-95.2017.5.12.0053, em tramitação na 3ª Vara do Trabalho de Criciúma, na referida decisão constou:

"E, por esta razão, defiro a expedição do mandado proibitório, no qual deverá constar:

que o Requerido, na qualidade de representante da categoria profissional, se abstenha de impedir o trânsito de qualquer pessoa ou veículo ao estabelecimento da Requerente;

que o Requerido, na qualidade de representante da categoria profissional, oriente e impeça que os empregados que aderiram ao movimento obstruam ou dificultem a entrada e o trânsito de qualquer pessoa ou veículo ao estabelecimento da Requerente;

que manifestações ou reuniões deverão ser realizadas pacificamente.

Autoriza-se a utilização de reforço policial para o efetivo cumprimento desta ordem, caso necessário.

Em caso de descumprimento dessa ordem pelo Requerido, incidirá em multa no valor de R$ 50.000,00 por dia de descumprimento. Cumpra-se com urgência, por Oficial de Justiça.

Intime-se a Requerente."

A Milano busca resolver a questão pleiteada pelos colaboradores de forma pacífica, sendo que movimentos extremos prejudicam não só a empresa, mas sim toda a região. Salientamos que os créditos trabalhistas são prioritários por lei, e, assim, são tratados por parte da empresa.

Por fim, informamos que a empresa encontra-se em atividade há mais de quarenta anos, contribuindo nessas décadas para o desenvolvimento de Criciúma e região, contemplando a geração de milhares de empregos durante este período.

TEXTO/ENGEPLUS
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REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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