• Evento incentiva à pesquisa acadêmica e os trabalhos internacionais

Evento incentiva à pesquisa acadêmica e os trabalhos internacionais

20 Set, 2018 17:18:56 - Educação

Tubarão (SC) 

A 13ª edição da Jornada Unisul de Iniciação Científica (JUNIC), que ocorreu nesta quarta (19), teve como tema principal a Internacionalização da Pesquisa e diversos assuntos relacionados à temática. Todas as palestras da JUNIC aconteceram no Campus Tubarão. O primeiro evento contou com a participação de representantes da FAPESC, CAPES e Universidade de Cambridge.

No estado, a Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina (FAPESC) é um dos principais órgãos de incentivo à pesquisa. Há 30 anos a instituição vem realizando diversas parcerias com outros países para promover a internacionalização de pesquisas. Segundo Débora Bennett, gerente de Ciência e Tecnologia da FAPESC, um dos principais parceiros é o Reino Unido, por meio do Fundo Newton. “Este fundo é uma iniciativa que busca o desenvolvimento social e econômico em países em desenvolvimento, com foco na sustentabilidade, bem-estar e redução da pobreza”, destaca. Na Unisul, o projeto Estufa Hidropônica Solar foi realizado por meio do Fundo Newton.

Além do fundo, a FAPESC também é parceira no projeto Horizonte 2020, da União Europeia. O programa de financiamento de pesquisa e inovação, prevê o investimento de 80 bilhões de euros, entre os anos de 2014 e 2020, para projetos relacionados a subsistência, segurança e meio ambiente.

O desafio do Brasil

Um outro órgão que incentiva a pesquisa em todo o país é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O principal desafio atual da CAPES é o posicionamento do Brasil nos rankings de pesquisa internacional. O país ocupa a 64ª posição na lista de países com maior número de citações em outros trabalhos.

Segundo Maria Lucia de Barros Camargo, da CAPES, o Brasil ainda possui muitos desafios que precisam ser superados para que o país consiga participar de mais pesquisas internacionais. “63% dos pesquisadores brasileiros nunca saíram do país para realizar uma pesquisa. O número é bem abaixo de outros países. A nossa baixa complexidade econômica não compete com os grandes países, o que acaba dificultando para o Brasil” afirma.

Para tentar reverter a situação, a CAPES possui alguns auxílios para que o número de colaborações internacionais seja maior. Além de buscar por novas parcerias com outros países, a CAPES possibilita a isenção de taxas para bolsistas de pós-graduação, concessão de bolsas individuais e apoia diversos projetos de pesquisa internacional.

O que precisa ser feito?

Para alcançar todos estes patamares são necessários alguns ajustes no ensino brasileiro. Segundo Maria Lúcia, é essencial que haja investimento na língua inglesa, que é o idioma falado e escrito nos artigos internacionais. Outro ponto a ser repensado pelas universidades brasileiras, é a modernização do ensino da graduação.

O impacto da internacionalização das pesquisas

Atualmente o Brasil se encontra na 13ª posição na lista de países produtores de pesquisa científica (paper), com mais de 250 mil publicações entre os anos de 2011 e 2016. Os Estados Unidos, em primeiro lugar na lista, possuem mais de duas milhões. Os dados são do relatório Research in Brazil, produzido pela equipe de analistas de dados da Clarivate Analytics para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Um outro ponto relevante do documento é a porcentagem de colaboração internacional do Brasil: 32% dos artigos são produzidos em parceria com outros países. Este panorama também vem sendo refletido nas pesquisas da Unisul. “Há um aumento significativo da internacionalização dos mestrados e doutorados, mais publicações e projetos de pesquisa integrado com outros cursos. Nossos programas têm cada vez mais incentivado pesquisa em base de dados internacionais. Isso nos permite aplicar estas estratégias em nossa região e na nossa universidade”, explica o professor Baltazar Guerra, professor e pesquisador dos Programas de Pós-Graduação e dos Mestrados em Administração e em Ciências Ambientais da Unisul, e líder do Centro de Desenvolvimento Sustentável/Grupo de Pesquisa em Eficiência Energética e Sustentabilidade (Greens/Unisul).

Entre os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil se destaca como um dos que mais aumentaram a produção em colaboração internacional. Apesar da crise econômica, alguns fomentos auxiliam o aumento da pesquisa internacional. “Há vários programas institucionais da Unisul para incentivo da pesquisa, alguns do Governo do Estado, outros em parceria com a Universidade Cambridge. Mesmo em um ambiente em que o Brasil passa por dificuldades nas contas públicas há a oportunidade para fomento de pesquisa” reflete professor Baltazar.

O desafio da Língua Inglesa

Grande parte dos artigos científicos são escritos na Língua Inglesa. Esta é uma das grandes dificuldades encontradas pelos pesquisadores brasileiros e que precisa ser melhor explorada, segundo o professor Baltazar. “Nós temos motivado os professores a pesquisarem cada vez mais. Para isso incentivamos uma maior socialização da língua inglesa (que é a língua global). A internacionalização é mais do que uma meta para a Unisul. Nosso desejo é sermos uma universidade global e conecta, possibilitando uma melhor qualificação no nosso ensino, pesquisa e extensão”, finaliza.

O tema “Internacionalização da Pesquisa” é a abordagem principal da 13ª Jornada Unisul de Iniciação Científica (JUNIC). O evento acontece entre os dias 19 e 20 de setembro. Mais informações pelo site oficial da JUNIC: http://rexlab.unisul.br/sistemas/junic/

TEXTO/ASSESSORIA DE IMPRENSA UNISUL
FOTO/DIVULGAÇÃO

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

Tudo o que acontece em Içara, Balneário Rincão e na região você encontra primeiro aqui!

Cooperaliança
coopercocal