• Trabalhadores do setor químico paralisaram as atividades da Anjo Tintas na manhã desta terça-feira

Entidades mostram preocupação com os prejuízos de greve na região

06 Dez, 2017 14:07:43 - Economia

Criciúma (SC)

Apesar dos sinais de recuperação, a economia brasileira ainda está longe de retomar o seu nível de crescimento registrado antes da recessão. Nos últimos dois anos o Produto Interno Bruto (PIB) foi negativo, atingindo aproximadamente-10%. A força dos empresários tem sido constante para manter o quadro de colaboradores e a produção, entretanto situações de paralisação como a ocorrido na empresa Anjo Tintas na manhã desta terça-feira, 5, travam a recuperação econômica, prejudicando toda a cadeia produtiva. “Empresas deixam de produzir, de vender e de trazer recursos de fora para nossa região. Ficam sujeitas às penalidades como multas e rescisões de contrato, além de perda de negócios”, coloca o presidente da Associação Empresarial de Criciúma, César Smielevski.

Para o diretor presidente da Anjo Tintas, Filipe Colombo, é difícil mensurar os prejuízos da greve neste momento, mas esta iniciativa compromete toda a cadeia da empresa. “Deixamos de atender clientes, as transportadoras não recebem os produtos para serem entregues, há uma série de consequências”, reforça Colombo.  

O presidente do Sindicato das Indústrias Químicas do Sul Catarinense (Sinquisul), Edilson Zanatta, os direitos dos trabalhadores da indústria química estão sendo preservados. “Todos os direitos trabalhistas estão sendo mantidos nessa convenção, com repasse de 100% da inflação acumulada do período medida pelo INPC. O que estamos excluindo é apenas a obrigatoriedade do pagamento por parte das empresas, como doação, de valor equivalente a dois dias de salários em favor do Sindicato dos Trabalhadores”, esclarece. Conforme o presidente da Acic, a reforma trabalhista não traz nenhum prejuízo ao trabalhador. “É importante destacar que a convenção coletiva está mantendo todos os direitos do trabalhador”, completa.

Reajustes salariais do Sul são maiores com relação ao Norte

Nos últimos dez anos os reajustes salariais da região Sul foram superiores a região Norte do Estado. “Neste período o Norte de Santa Catarina concedeu a inflação mais 6% de ganho real, enquanto o Sul ofereceu a inflação mais 40% de ganho real”, sublinha o presidente da Acic.

A atuação dos sindicatos dos trabalhadores também provocou o desinteresse de empresários pela região. “Isso tem representado menos empregos, menos renda”, reforça Smielevski. O relatório apresentado pela Acic referente aos indicadores estratégicos da região neste ano aponta justamente a situação do Sul, especialmente relacionado a perda de competitividade.  

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Postado por REDAÇÃO JINEWS

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