• Em reunião Sindisaúde anuncia greve dos trabalhadores

Em reunião Sindisaúde anuncia greve dos trabalhadores

07 Out, 2016 09:28:53 - Geral

Araranguá (SC)

Em reunião promovida na tarde dessa quinta-feira, dia 6, que prolongou-se por aproximadamente duas horas, dirigentes do Sindisaúde, direção do HRA, trabalhadores e representantes da Câmara de Vereadores e da Sociedade Paulista Para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), demonstraram preocupação com as consequências da transição administrativa do Hospital Regional de Araranguá (HRA). O encontro foi realizado no auditório do próprio hospital.

FALTA DIÁLOGO
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde), Cleber Ricardo Cândido da Silva, lamentou a ausência, no encontro, de integrantes da Prefeitura Municipal, CISAMESC e Governo do Estado. “Todos receberam convite, mas não enviaram representantes ou justificaram a ausência. O objetivo é dialogar entre as partes envolvidas nesse processo de transição a fim de esclarecer dúvidas e garantir maior segurança aos trabalhadores do hospital. Como não houve avanço nessa articulação, os servidores do Hospital Regional de Araranguá realizarão uma greve a partir do dia 10, segunda-feira”, destacou.

Hoje, o hospital, que atende pacientes dos 15 municípios da região Extremo Sul Catarinense, tem como gestor administrativo à SPDM, porém, conforme ressaltou Cleber, o Governo do Estado de Santa Catarina já avisou que pretende romper o contrato a partir do dia 31 de outubro. Tanto o Sindisaúde, quanto trabalhadores e vereadores não escondem sua preocupação com a transição.

CONTRA A MUNICIPALIZAÇÃO
O presidente da Câmara Municipal, vereador Rony da Silva (DEM) lembrou que o tema já foi debatido em várias ocasiões, inclusive durante reunião pública promovida na Casa Legislativa, mobilizando o secreário estadual de Saúde, João Paulo Kleinubing, prefeitura, CISAMESC e comunidade. “Já me manifestei várias vezes que sou contrário a municipalização do Hospital Regional. A manutenção desse hospital é uma atribuição do Governo do Estado. Estranho o fato da SPDM alegar, por meio do advogado Carlos Carmelo Balaró, que não recebeu nenhum comunicado oficial sobre a rescisão contratual”, ressaltou.

Rony observou que a transição precisa ser melhor esclarecida, pois é complexa, já que envolve o atendimento na área da saúde, o emprego e a renda de 550 trabalhadores e suas respectivas famílias, além de refletir no equilíbrio financeiro do município.

SPDM LAMENTE RESCISÃO
Representando à SPDM, Balaró afirmou que a entidade gostaria de continuar administrando o Hospital Regional. “Recebemos um aviso de que a partir do dia 31 de outubro, o Governo do Estado não conta mais com nossos serviços. Não era isso que queríamos. Comparo a nossa situação com a figura de um automóvel, onde o Estado é o motorista e nós da SPDM somos os passageiros. A SPDM que administra 44 mil trabalhadores em diferentes hospitais do país, 550 destes só aqui no HRA, não tem autonomia para prosseguir na gestão”.

Ele lembrou que, mesmo com essa inércia, fez questão de acompanhar os diálogos e articulações. “Desloquei-me de São Paulo para participar da reunião de hoje. Recebi o convite às 17h de quarta-feira e cancelei uma série de compromissos profissionais para participar deste ato. Infelizmente, tanto Governo do Estado quanto Prefeitura Municipal estiveram ausentes. Perdemos mais uma oportunidade de dialogar e esclarecer dúvidas”, ressaltou.

TRANSPARÊNCIA
Já o vereador Ozair da Silva, Banha (PT), enfatizou que nesse processo transitório, é prioridade garantir a continuidade do atendimento da população e também garantir os direitos dos trabalhadores. “A transição da gestão do HRA deve ser esclarecida entre todas às partes envolvidas, ou seja, Secretaria Estadual de Saúde, direção do Hospital Regional, Prefeitura Municipal, SPDM, CISAMESC, Sindisaúde e trabalhadores. Se a opção recair sobre a municipalização é necessário avaliar as consequências. A estabilidade dos trabalhadores é um direito legal e conquistado, que não pode ser ameaçado”, ponderou.

TRABALHADORES E DIREITOS
Na mesma linha de raciocínio, o vereador Adair Jordão (PT) salientou que independente de quem seja o futuro gestor, os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e os trabalhadores do Hospital Regional tem que receber garantia da manutenção dos postos de trabalho e do recebimento dos direitos assegurados pela legislação. Na Câmara, Jordão é vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Saúde e Assistência Social.

GREVE ANUNCIADA
Ao final do encontro, os três vereadores presentes, Rony da Silva, Adair Jordão e Ozair da Silva (Banha) assumiram o compromisso de agendar uma audiência com a Comissão Parlamentar de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O objetivo é expor fatos e esclarecer a situação. 

O Sindisaúde, que lamentou a ausência de representantes dos governos estadual, municipal e da CISAMESC na reunião, anunciou que a partir de segunda-feira, dia 10, será deflagrada greve dos trabalhadores do Hospital Regional de Araranguá.


TEXTO: ASSESSORIA DE IMPRENSA

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

Tudo o que acontece em Içara, Balneário Rincão e na região você encontra primeiro aqui!

coopercocal
Cooperaliança