• Em meio à pandemia Unesc inicia defesas de mestrado com o uso da tecnologia

    Mestranda transmitiu sua apresentação de Tubarão. Já os integrantes da banca acompanharam de Florianópolis e Criciúma 

Em meio à pandemia Unesc inicia defesas de mestrado com o uso da tecnologia

09 Abr, 2020 23:37:49 - Educação

Criciúma (SC)

A dissertação de mestrado da aluna Sara Medeiros dos Santos Pizzato reafirmou a consolidação da tecnologia na produção de conhecimentos. De tubarão, via Google Meet na manhã desta quinta-feira (9/4), ela defendeu seu trabalho diante da banca de forma virtual, a primeira das 94 apresentações na história do PPGCEM (Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais). O momento, que será repetido por outros mestrandos ao longo da semana, foi motivado pelo isolamento social da pandemia Covid - 19.

Durante defesa, a banca avaliadora se fez presente de lugares diferentes de Santa Catarina. Os professores doutores Antonio Pedro Novaes de Oliveira, do PGMAT (Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais) e Fabiano Raupp-Pereira, do PPGCEM, acompanharam a apresentação de Florianópolis. Já a professora doutora Kétner Bendo Demétrio, também do Programa da Unesc, avaliou de Criciúma.

Na experiência, segundo Sara, o uso da ferramenta digital atendeu suas expectativas e foi eficaz, facilitando a transmissão de informação. “Me senti confortável na apresentação e em nenhum momento tive qualquer dificuldade ou limitação. A apresentação atingiu um grande número de participantes, demonstrando aceitação positiva e praticidade do uso desta plataforma”, comentou.

Durante as considerações da banca, 25 presenças foram registradas. De acordo com o orientador do projeto e professor doutor da Unesc, Oscar Montedo, o número é significativo. Diante deste resultado positivo, a dinâmica deve ser mais recorrente mesmo após a pandemia. “Assim, remotamente, é possível se permitir a participação de integrantes externos da banca de elevada qualificação em qualquer lugar do planeta. Por vezes, a reunião de todos fica difícil em um mesmo dia e horário. Portanto, este mecanismo deverá se tornar cada vez mais frequente, sobretudo porque a tecnologia disponível está evoluindo bastante”, afirmou. 

Para a participação do público externo, o orientador também destaca que o conhecimento toma uma forma mais acessível. “Sem dúvida este mecanismo é mais inclusivo, pois além da distância, que às vezes dificulta a presença, tem a questão dos horários e compromissos. Na defesa da Sara já estamos percebendo que vários alunos conhecidos e que estão participando em um momento que presencialmente poderiam ter mais dificuldades”, destaca.

A proposta

Intitulado “Desempenho de placas cerâmicas porosas obtidas a partir de resíduo de beneficiamento de basalto e lama de cal para emprego em fachada ventilada”, o estudo insere a matéria prima no processamento de um produto cerâmico. A partir das análises, os resíduos confirmaram a potencialidade de substituição das matérias-primas comerciais convencionais, diminuindo o custo do material e por consequência os gastos finais. Com a incorporação de lama de cal na formulação, foi obtido a porosidade esperada, proporcionando ao material leveza e conforto térmico.

O trabalho foi dividido em quatro etapas, por meio da caracterização dos resíduos, formulação das massas cerâmicas, definição da melhor formulação e uma avaliação de desempenho dos experimentos. “É um estudo importante, com elementos significativos e de muito valor para a área”, destacou Oliveira.

Segundo Montedo, a conclusão do trabalho tem méritos e contribui para a interdisciplinaridade na Universidade “A sara tem formação em Arquitetura e Urbanismo, uma área que se distingue da Engenharia de Materiais. Desde o início, sempre buscou o conhecimento com comprometimento e uma atitude crítica, o que tem grande importância. Ela não se preocupou em fazer um trabalho de menor tamanho, e sim buscou a excelência na sua produção. Ficamos absolutamente felizes com o resultado obtido”, enalteceu Montedo.

Sara também foi orientada pelo professor doutor Eduardo Junca.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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