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Em dois meses Tigre está R$ 1,5 milhão negativo

13 Jul, 2017 15:17:07 - Esporte

Criciúma (SC)

A reclamação é geral. Brasil afora, dirigentes elencam a queda de arrecadação aguda como o grande desafio para continuar tocando os clubes de futebol. “Gente grande está com dificuldades. Em maio, o Fluminense tomou R$ 30 milhões de empréstimo e já está com problemas para pagar os salários”, exemplifica o presidente do Criciúma. Jaime Dal Farra cita que a folha de pagamento está em dia no Heriberto Hülse, mas a luta é constante.

“Estivemos no azul até maio, com algumas receitas como o adicional de R$ 1 milhão da Série B, os R$ 650 mil da Primeira Liga e mais R$ 1,3 milhão da Copa do Brasil, mas depois desequilibrou e nos dois últimos meses estamos fechando no vermelho”, conta o dirigente.

Em maio Dal Farra direcionou R$ 980 mil para fechar as contas do Criciúma. Em junho, mais R$ 556 mil. Logo, em dois meses o déficit do clube, coberto pela empresa do presidente, foi de pouco mais de R$ 1,5 milhão. “Perdemos patrocinadores, caiu a quantidade de sócios, empresas estão cancelando o aluguel de camarotes. Seria importante que todos ajudassem, pois o clube é aberto, é da cidade, e oferece futebol para todos”, acrescenta o presidente.

A receita atual do Criciúma beira os R$ 830 mil. “Nosso orçamento mensal já foi de R$ 1,3 milhão, veio caindo e chegamos nesse patamar que é praticamente inviável para uma Série B”, aponta Dal Farra. Para dar uma ideia das despesas correntes o presidente lembra que, por força dos contratos, o Tigre paga atualmente três comissões técnicas. “Além da atual, pagamos o Roberto Cavalo em parcelas e também o Deivid com as suas equipes. Isso tem um custo elevado”, lembra.

O presidente nutre a expectativa de negociações para equilibrar o caixa nos próximos meses. “Temos algumas sondagens por jogadores nossos, se sair algum negócio seria importante nessa abertura de janela internacional”, conclui.

TEXTO E FOTO/ENGEPLUS