• Edição de 2018 reforça sucesso de Simpósio de Psiquiatria da Unesc

Edição de 2018 reforça sucesso de Simpósio de Psiquiatria da Unesc

24 Set, 2018 17:44:48 - Educação

Criciúma (SC) 

O tema “Depressão ao longo da vida” foi pauta de palestras e discussões na 16ª edição do Simpósio de Psiquiatria na Interface Cérebro e Mente da Unesc, encontro realizado pelo Laboratório de Psiquiatria Translacional, ligado ao PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Unesc). O evento reuniu acadêmicos, professores, profissionais da área médica e a comunidade em geral para discussões científicas sobre os principais assuntos e pesquisas de interesse na área. A programação do Simpósio iniciou na tarde de sexta-feira (21/9) e seguiu até o fim da tarde de sábado (22/9).

Durante a sexta-feira, os participantes iniciaram seus estudos ainda no início da tarde, quando foram abordados subtemas como o transtorno depressivo maior na magnitude da sociedade; nos aspectos translacionais; na gestação e no pós-parto; na infância; no adulto, o homem e a andropausa, a mulher e o climatério; e a palestra magna com o tema “Depressão ao longo da vida – Novas perspectivas para uma velha conhecida”.

Já no sábado, os participantes tiveram a imersão do conteúdo ainda no início da manhã. Dentre os temas abordados estiveram a relação da Depressão com intestino e nutrição, a incidência da doença em idosos e adolescentes, a relação do transtorno com as redes sociais, entre outros assuntos.

Representando a reitoria da Unesc, o diretor de Pesquisa e Pós-Graduação, Oscar Montedo, participou da palestra magna e destacou a honra da Instituição em realizar mais uma edição de um evento já tradicional na região. “O Simpósio em sua 16ª edição se mostra muito consolidado, um evento que já faz parte da agenda da região e traz mais uma vez um tema tão importante para o debate e o aprendizado. Ele desempenha um papel importante levantando o debate sobre um problema que é considerado um dos principais males da vida moderna”, salientou.

Palestra magna

Uma das principais palestras desta edição foi ministrada já na tarde de sexta-feira pela médica psiquiatra Alexandrina Maria Augusta Da Silva Meleiro, profissional que atua em São Paulo e abordou o tema “Depressão ao longo da vida – Novas perspectivas para uma velha conhecida”. Conforme a palestrante, o número de jovens que lotou o auditório Ruy Hülse para aprender mais sobre depressão chamou sua atenção. “Saber que todos vocês estão aqui buscando conhecimento, mesmo que poucos queiram escolher a especialidade de psiquiatria, é muito bom. Em qualquer área que vocês escolherem trabalhar irão lidar com pacientes deprimidos que precisam de atendimento. Além disso todos nós precisamos cuidar para não ficarmos deprimidos também, pois isso está muito próximo de todos”, comentou.

Para a professora Leda Soares Brandão Garcia, mediadora da palestra magna, é de extrema importância para o evento e para a Universidade receber uma profissional como Alexandrina. “Promover um evento que trata sobre depressão e contar com a participação dela é um ponto de sucesso. Alexandrina é uma grande estudiosa do assunto, com muitos trabalhos publicados e com a agenda super disputada e que está aqui compartilhando o conhecimento conosco em uma comunicação muito fácil”, destacou.

Imersão nos conteúdos

Já no sábado, o evento contou com a palestra da jornalista e doutoranda em Ciências Médicas: Psiquiatria, Thaís Cunha Martini, que abordou o tema “Transtorno depressivo maior e redes sociais – o transtorno por trás dos sorrisos”. De acordo com ela, atualmente nossos movimentos não são comuns quando estamos fora das redes. “O contagio emocional é a necessidade que a pessoa sente em transferir suas emoções. Nas redes sociais, alguns dados alertam, quando em um estudo do Facebook, as postagens negativas geram mais de 36% de comentários, e as positivas geram mais de 58% de curtidas do que o normal”, comentou.

Conforme ela, o estudo britânico “Status of Mind” realiza relatórios examinando os efeitos positivos e negativos das mídias sociais sobre a saúde dos jovens. De acordo com a pesquisa, 91% de pessoas com idade entre 16 e 24 anos usam a internet para redes sociais e a mídia social está relacionada com o aumento das taxas de ansiedade, depressão e falta de sono. “Somente nos últimos 25 anos, as taxas de ansiedade e depressão aumentaram em 70%”, destacou.

Ações de prevenção e combate a depressão já são observadas nas redes. Segundo a palestrante, para realizar a palestra ela acessou a rede social de fotos, Instagram, e buscou pela tag #depression e o aplicativo alertou-a. “Apareceu a mensagem perguntando se eles poderiam ajudar em algo, se eu estava precisando de algo. Isso é muito importante nas redes sociais”, acrescentou.

Outra palestra abordada, foi a da coordenadora estadual de Saúde Mental e médica psiquiatra e membro da Comissão de Emergências da Associação Brasileira de Psiquiatria, Deisy Mendes Porto, estará no evento para falar sobre “O transtorno depressivo maior na adolescência – Grandes mudanças, grandes tristezas”.

De acordo com ela, o diagnóstico da depressão não é um rótulo e de quatro ou cinco pessoas que apresentam indícios da doença, somente uma chega no tratamento específico. “Além disso, o tratamento do adolescente é diferente, pois ele não é mais a criança, mas também não é adulto e giram entorno dele diversos aspectos”, enfatizou.

Alerta de mudanças bruscas de comportamento, isolamento social, tristeza persistente, alterações de sono ou apetite, queda no rendimento escolar, lesões sem explicação aparente e mensagem caracterizadoras são alguns sinais de alerta para a depressão na adolescência apontados pela profissional.

Relevância

A acadêmica do curso de Medicina da Unesc, Gabriela Duarte, acompanhou de perto o evento. De acordo com ela, o Simpósio desempenha função muito importante ao abordar um tema tão relevante. “Além de valorizar o trabalho científico exercido pela Universidade, eventos como este possuem caráter multidisciplinar ao envolver diversas áreas e assim demonstra o quão importante é o trabalho conjunto no estudo, identificação e assistência as pessoas com fatores de risco e ou com doença depressiva. E tudo isso de uma forma muito didática”, destacou. 

Ao todo, 260 participantes de diversas cidades, entre eles alunos de graduação, pós-graduação, psicólogos, psiquiatras, profissionais e comunidade, estiveram reunidos no evento. De acordo com a psiquiatra, doutoranda do laboratório de Psiquiatria Translacional e membro da comissão organizadora do Simpósio, Ritele Hernandez da Silva, o evento superou as expectativas. "O transtorno depressivo configura uma das principais causas de afastamento do trabalho, causando um impacto sócio econômico muito importante. Além disso, tem um envolvimento claro com história de tentativas e efetivação de suicídios. Falar sobre os vários aspectos da depressão é uma forma de prevenção desses eventos, além de promover uma atualização fantástica", enfatizou.


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Postado por REDAÇÃO JINEWS

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