• Doenças de trabalho: o que há por trás da dor segundo opinião de fisioterapeuta

    Clínica usa modelo biopsicosocial, tratando trabalhador com uma abordagem além da dor física

Doenças de trabalho: o que há por trás da dor segundo opinião de fisioterapeuta

30 Abr, 2020 19:00:17 - Saúde

Criciúma (SC)

Todo brasileiro passa cerca de um terço do seu dia trabalhando. A percepção que se tem do tempo pode variar entre as pessoas porque o local de trabalho muitas vezes não é o mais adequado, não tendo uma cadeira confortável ou a função exercida exige movimentos repetitivos. Estas podem ser algumas das causas que levam o trabalhador a adoecer. Mas será que estes fatores físicos são os únicos responsáveis pelas doenças de trabalho?

Pesquisadores acreditam, apoiados por áreas da neurociência, que as doenças também podem ser causadas por questões sociais e comportamentais, ou seja, a insatisfação de trabalhar em um  ambiente conflituoso ou em uma função em que não há valorização pode aumentar as chances do trabalhador adoecer.

Partindo desta teoria, a Clínica Levittá, em Criciúma, modificou a abordagem do tratamento realizado com os pacientes, de forma especial com aqueles que apresentam dores crônicas (aquelas que duram mais de três meses), causadas pelo trabalho. Hoje, de acordo com o fisioterapeuta da Levittá, especialista em tratamento da coluna, Jonathan Hercílio Maurício, a clínica utiliza o modelo biopsicosocial para atender os pacientes avaliando, tratando e educando sobre a dor, a fim de ampliar o olhar para questões físicas, sociais e comportamentais.

Um olhar abrangente

Conforme o doutor Jonathan, é preciso olhar para a dor de cada paciente de uma forma global. Ele reitera que não são apenas questões de ergonomia os fatores preponderantes para ficar no ciclo da dor. “Hoje, nós seguimos um modelo de pesquisa chamado ‘Educação em Dor’. A dor é um sistema de alarme, assim buscamos fazer com que os pacientes se conscientizem de que ela vai muito além disso. Nós realizamos um trabalho para que o paciente vire a chave. Pare de olhar para a doença e busque sair deste ciclo da dor, melhorando sua qualidade de vida de forma ampla”explica.

Mudança de comportamento

Muitos trabalhadores ao enxergar suas dores correm para a internet e se autodiagnosticam. Com as informações, entram em um “estado doentio”. O primeiro passo do atendimento da Clínica Levittá é fazer com que eles entendam que estão doentes, mas não são doentes. “O paciente é protagonista no seu processo de recuperação. Ele precisa participar e olhar para a sua dor, mas saber que ela não é apenas física. E o resultado disso é libertador”, acrescenta Jonathan.

A paciente Sabrina Crepaldi confirma os resultados benéficos da abordagem realizada pela Clínica Levittá. Ela lembra que usava medicamentos para uma hérnia de disco e que não estavam fazendo efeito. “Após as sessões de fisioterapia, que para mim eram terapias maravilhosas, estou muito bem, sem dores e sem remédios. Hoje eu voltei a dormir tranquilamente”, aponta.

Edilene Moretti Pereira, por sua vez, lembra que quando chegou à clínica sentia dores fortes demais que a impossibilitavam de fazer tarefas simples. “A equipe nos atende com todo carinho e dedicação, fazendo tudo para nos ver bem e não sinto mais aquelas dores”, confirma.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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