Delic promove discussão sobre Violência de Gênero

Criciúma (SC)

Evento contou com a participação de cinco mulheres que compartilharam experiências (Fotos: Mayara Cardoso)

Por meio de uma iniciativa do Delic (Departamento de Licenciatura do Diretório Central dos Estudantes) da Unesc foi promovido, na noite desta quarta-feira (29/8), o 1º Encontro Sobre Violência de Gênero. Compuseram a mesa de debate e compartilharam experiências com os presentes a reitora da Universidade, Luciane Ceretta; a coordenadora adjunta da Secretaria da Diversidade e Políticas de Ações Afirmativas da Unesc, Rita Guimarães; a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB - Criciúma, Rosana Guimarães Corrêa; a psicóloga Cléo Martins e a professora da Unesc e doutora em Direito, Fernanda Lima.

Conforme a representante do Delic, Jussara Medeiros, ao preparar o evento a intenção foi levantar o assunto para que as reflexões fossem além do que já é debatido nos cursos de licenciatura. “Esse foi o jeito que encontramos de discutir também com a comunidade essas problemáticas de uma forma assertiva, trazendo referências também para tratar sobre o assunto”, comentou.

Para o acadêmico John Marcell Ansiliero Maciel, também representante do Delic na organização do encontro, o foco foi, acima de tudo, o discurso de paz. “Nós estamos em uma situação micro, mas produzindo o macro. Queremos fazer a diferença na formação desses profissionais das mais diversas áreas que estão na Unesc e podem ter um entendimento diferente daquilo que vem sendo construído por décadas”, completou.

Em sua fala a reitora da Universidade, Luciane Ceretta, destacou a importância de trazer esse tipo de discussão para o ambiente acadêmico. “Para a Unesc de fato é um avanço poder ter aqui dentro momentos como esses e, sobretudo, com o protagonismo dos acadêmicos na organização. Isso demonstra o tipo de instituição que temos. Instituição que, para além da sala de aula, se preocupa com a formação do cidadão”, destacou.

De acordo com Luciane, a principal mensagem a ser deixada como representante da Universidade é de que as mulheres não podem se calar. “Se tenho um grito para dar aqui é que não sejamos subservientes a esse tipo de situação de violência de gênero. Não se calem diante dessas situações. Não se permitam ser caladas em quaisquer circunstâncias”, enfatizou.

Expectativa de mudança

Entre as declarações da coordenadora adjunta da Secretaria da Diversidade e Políticas de Ações Afirmativas da Unesc, Rita Guimarães, esteve a expectativa criada há alguns meses quando a secretaria em questão foi formada. Conforme ela, desde o primeiro momento o principal sonho é com o dia em que ela poderá ser extinta. “Isso porque eu espero muito pelo dia em que nós não precisaremos mais discutir esse assunto. Da mesma forma não gostaria de estar aqui hoje, apesar de ser um prazer participar do evento, pois eu gostaria que nós não precisássemos estar nos unindo para discutir a violência de gênero. Enquanto isso, no entanto, temos que sim que conversar, discutir, debater e ensinar sobre esse assunto, que é um problema social, político e de saúde e Universidade é o meio ideal para isso”, disse.

Ainda entre os assuntos levantados estiveram as experiências vividas no dia a dia de uma profissional transexual e os preconceitos sofridos até mesmo por parte de outras mulheres, a gravidade da chamada violência institucional, questões históricas do preconceito e dados específicos de violência contra mulheres negras.

O encontro foi realizado pelo DCE com apoio da Secretaria da Diversidade e Políticas de Ações Afirmativas, da OAB Mulher, do Nuprevips (Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde) e do PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde).

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Postado por REDAÇÃO JINEWS

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