Darolt pronuncia erro em levantamento de materiais de saúde

Morro da Fumaça (SC)

O vereador e ex-secretário de Saúde de Morro da Fumaça, Miguel Zaccaron Darolt (PSD), utilizou a tribuna livre da Câmara para falar do erro na contagem dos produtos da saúde inutilizados no almoxarifado. Há algumas semanas, a Administração divulgou que o prejuízo com os produtos fora do prazo de validade totalizavam R$ 1,3 milhão, mas nesta semana, através de nota, reconheceu o erro, publicando o valor de R$ 300 mil.

Darolt lembra que deixou a Secretaria de Saúde em 30 de março de 2016 para ser candidato a vereador e que, desde quando o valor foi divulgado, procurou membros do Governo e o próprio prefeito Agenor Coral, o Noi (PP), para esclarecimentos por não acreditar no valor divulgado. “Sinto-me na obrigação de dar explicações, pois o meu nome foi muitas vezes citado. Nunca fui tão ofendido e julgado. Passei a procurar o prefeito que me disse que se houvesse algum erro, ele iria aparecer, e é isto que está acontecendo agora. Eu ainda confio e acredito no prefeito, mas não confio em sua equipe”, comenta.

O vereador, inclusive, diz não acreditar nos R$ 300 mil divulgados agora, mas que qualquer valor desperdiçado é muito. “Ninguém é irresponsável em deixar R$ 300 mil serem desperdiçados. Quando os medicamentos chegam já vão direto para as Unidades de Saúde para suprir a demanda. Agora terão que provar o que estão dizendo e os culpados têm que ser punidos. Não importa o valor, se houve erro, precisa ter punição para os responsáveis”, enfatiza.

Investimentos

Conforme Darolt são investidos R$ 30 mil por mês em medicamentos. “Ou seja, R$ 300 mil é a compra equivalente a um ano e R$ 1,3 milhão dá para três anos. Neste caso, não houve somente erro, mas também má-fé. Não falo como vereador, mas como cidadão, que tem família e foi julgado e ofendido”, diz o vereador, acrescentando que, ao final da administração passada, um inventário foi feito. “Isso virá à tona em breve. Apresentaremos provas e testemunhas”, complementa.

Há duas semanas, a secretária de Saúde, Sônia Rocha esteve no Legislativo reforçando a cifra de R$ 1,3 milhão.

Vereadores impedidos de entrar no almoxarifado

Logo que os medicamentos foram encontrados no almoxarifado, em janeiro, alguns vereadores solicitaram a entrada para conferir e poder acompanhar a situação, mas foram impedidos na época com a alegação de que a Vigilância Sanitária Estadual havia lacrado o local. “O estranho é que a imprensa entrou no local e fez toda a cobertura. Esta história está mal contada”, salienta Darolt acrescentando que a imagem do município foi prejudicada pelo erro. “Isso foi divulgado em todo o Estado. Que bom que o tempo mostra a verdade. Confio no prefeito e vamos buscar muitas coisas boas nestes quatro anos”, diz.

Vereador denuncia distribuição de medicamentos fora da validade nas Unidades de Saúde

O vereador Edivaldo Marcolino, o Vado (PMDB), também lembrou de quando teve a solicitação para entrar no almoxarifado negada. Além disso, apresentou alguns medicamentos vencidos que estão sendo distribuídos nas Unidades de Saúde. “Falaram que estes remédios encontrados no almoxarifado seriam jogados fora, mas algumas pessoas me procuraram para reclamar que receberam medicamentos que venceram em abril e alguns que vencem em maio. Se tivessem sido comprados neste ano, não estariam vencendo agora. E pior, estão sendo entregues aos fumacenses”, cita.

Além disso, ao usar a tribuna, Vado mostrou luvas que estão sendo utilizadas que não são próprias para a saúde. “Estas luvas são para uso na gastronomia e procedimentos estéticos, mas estão nas nossas Unidades de Saúde”, fala.

A diferença de valores também foi comentada por Vado que elogiou a atitude do prefeito em refazer a conta. “Não se erra com uma quantia tão alta. Viemos alertando e cobrando algumas coisas na saúde há algum tempo e isso prova que estávamos certos”, completa.

TEXTO/ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
FOTO/DIVULGAÇÃO

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Postado por REDAÇÃO JINEWS

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