• Controle da taxa de água em grãos no pós-colheita pauta workshop no Sul de SC

Controle da taxa de água em grãos no pós-colheita pauta workshop no Sul de SC

17 Set, 2018 14:03:12 - Geral

Criciúma (SC) 

Considerada uma das etapas mais complexas na produção de grãos, o pós-colheita envolve uma série de processos aplicados para a conservação dos produtos. O assunto esteve no centro do seminário Equilíbrio Higroscópico dos Grãos, neste fim de semana em Criciúma (SC). O evento promoveu o encontro das experiências de pesquisas acadêmicas do palestrante e professor André Goneli com o mercado, representado por fornecedores e cooperativas da cadeia do agronegócio.

A conservação dos grãos depois de colhidos na lavoura, em especial silos e armazéns, demanda uma complexidade cada vez mais relativizada graças às inovações promovidas pelo uso de sensores, sofwares e a digitalização dos processos. “Os fundamentos da indústria 4.0 já estão acessíveis para o setor agro. As tecnologias oferecem uma riqueza de informações em tempo real, como temperatura e umidade interna e externa, que dão subsídios para tomada de decisões no uso de processos como aeração, ventilação e exaustão”, frisa o diretor comercial da Procer Automação e Sistemas (empresa organizadora do evento), Eduardo de Aguiar.

Com os sensores e sistemas aplicados à rotina do pós-colheita se permite controlar a quantidade de água nos produtos estocados, explica a professora e pesquisadora da Universidade Federal de Viçosa-MG, Juliana Zeymer. “O grão tem a capacidade de ceder ou sorver a água para o ambiente e conforme a temperatura e umidade relativa do ar, ele pode então secar ou reumidecer. A junção desse conhecimento com a tecnologia, com a aeração automatizada garantem boas práticas na unidade onde o produto está sendo conservado”, esmiuca.

A base científica atua no objetivo de atingir o máximo da qualidade e homogeneidade dos grãos dentro dos silos, com temperaturas baixas. “O equilíbrio higroscópico permite a manutenção das condições ideais, livres das atividades metabólicas indesejáveis, como a oxidação, o escurecimento e o aparecimento de microorganismos”, explica o pesquisador da UFGD e palestrante do evento, André Goneli.

Diante de uma realidade nacional de déficit de armazenagem de grãos em torno de 60 milhões de toneladas de grãos para a safra 2017/2018, segundo o IBGE, as discussões sobre o pós-colheita se fazem cada vez mais urgentes e essenciais na avaliação de Goneli. “É um crescimento muito alto que se percebe desde a década de 1980 graças aos constantes investimentos em insumos e tecnologia para a produção, porém depois não se sabe o que fazer com a sobra. Esses grãos acabam tendo destino incorreto, a céu aberto, sem condições de se gerenciar, perdendo a qualidade e gerando desperdício”, aponta o pesquisador.

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Postado por REDAÇÃO JINEWS

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