Conselho de Segurança se reúne amanhã para analisar ataque químico na Síria

04 Abr, 2017 15:25:00 - Brasil

Brasília (DF)

O Conselho de Segurança da ONU fará uma reunião de emergência amanhã (5), para analisar o suposto ataque químico na cidade de Khan Sheikhoun, na província de Idlib, no norte da Síria. O anúncio foi feito hoje (4) pela presidente rotativa do Conselho, a embaixadora dos Estados Unidos Nikki Haley, que se mostrou muito preocupada com o episódio. As informações são da agência espanhola EFE.

A reunião responde a uma solicitação da França e do Reino Unido, que tinham pedido que a questão fosse abordada o mais rápido possível no principal órgão de decisão das Nações Unidas. O Conselho já tinha uma sessão regular sobre o uso de armas químicas na Síria prevista para a tarde dessa quarta-feira, mas o suposto ataque à cidade de Khan Sheikhoun, no norte do país, fez com que a reunião fosse antecipada e convertida em uma sessão de emergência.

O encontro, que segundo Nikki Haley terá portas abertas, será realizado às 10h locais de Nova York (11h de Brasília). O secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou hoje, através de seu porta-voz, que qualquer uso de armas químicas é "extremamente alarmante" e representa uma "séria violação das leis internacionais". O porta-voz, no entanto, disse que ainda não era possível "verificar positivamente" o uso de armas químicas nesse ataque.

Opaq

Uma investigação conjunta das Nações Unidas e da Opaq determinou que o regime sírio esteve por trás de vários ataques com substâncias proibidas em 2014 e 2015 e que o Estado Islâmico (EI) também usou armas químicas em pelo menos uma ocasião.A comissão da ONU que investiga os crimes no conflito sírio disse hoje que está investigando o fato, o que também está sendo feito pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq).

O Conselho de Segurança abordou o uso de armas químicas na Síria de forma regular durante os últimos anos, mas as divisões em seu seio impediram que medidas fossem tomadas contra os responsáveis. Em fevereiro passado, a Rússia e a China vetaram uma resolução que tentava impor sanções ao governo sírio.

Selo do regime

O embaixador do Reino Unido na ONU, Matthew Rycroft, disse hoje que está "horrorizado" com o que aconteceu na Síria e ressaltou que o ataque "tem o selo distintivo de mais uma campanha deliberada por parte do regime sírio e seus aliados militares para usar armas químicas".

"Acredito que, de todas as partes do conflito, apenas o regime sírio tem o equipamento necessário para realizar um ataque como este", disse Rycroft. Segundo o governo britânico, a reunião de amanhã deve servir para chamar a atenção sobre o ataque e para "pressionar" os que vetaram no passado a imposição de sanções pelo uso de armas químicas.

A França também apontou o governo de Bashar al Assad como suposto responsável e insistiu que o regime deve prestar contas. "Como [ocorreu] em Ghouta, em 21 de agosto de 2013, Bashar al Assad [novamente] ataca civis com meios proibidos pela comunidade internacional. Mais uma vez, o regime sírio negará a evidência de sua responsabilidade neste massacre", disse o presidente francês, François Hollande, em comunicado.

Os Estados Unidos também condenaram o ataque e alertaram que o mesmo "não pode ser ignorado", de acordo com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer. Segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 58 pessoas, entre elas 11 menores, morreram no suposto ataque aéreo com um agente químico em Khan Sheikhoun.

TEXTO/ AGÊNCIA BRASIL

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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