Coluna de Elza de Mello - 29 de novembro/2017

Içara Nossa Terra Nossa Gente (234)

Sábado passado, dia 25 de novembro, foi uma data es-pecial. Um dia de reconhecimento ao trabalho de um grupo de pessoas aguerridas, entendedoras de cultura, a cultura raiz, de base familiar e que brota na essência do ser e fazer étnico. Sei que a maioria das pessoas que estão vivendo em Secretaria e departamentos, ditos profissionais  e com os salários de bom padrão, pagos por nós, povo contribu-inte, não entendem nossa atuação. Sei que as Adminis-trações Municipais não enxergam nosso trabalho e nos consideram empecilhos por querer preservar hábitos, sa-beres e vivência que a fundação cultural trata com certo preconceito. Somos estorvos para o bom andamento da administração em certos departamentos. Isso não nos passa despercebido. Mas quando recebemos reconheci-mento de instâncias que identifica-nos, isso é um privi-légio que amorosamente registramos para a posteridade.

E o Jornal Içarense, aquele que nos observa e nos reconhece nos espaços local e outros espaços sociais, premiou-nos  com um Destaque Içarense. Este certamente se juntará a outros que costumamos receber na Capital Catarinense, como reconhecimento de nosso fazer Cultural: pesquisa e artesanato. Somos uma entidade sem reconhecimento no município, mas somos conhecidos e reconhecidos em toda Santa Catarina e até mesmo no exterior como grupo de danças, folclore, artesanato e pesquisadores. Afinal, somos um município geminado e plantamos no exterior, em Portugal, nossa bandeira da Associação Cultural reconhecida nas ilhas açorianas.  

E a noite transcorreu com muitas novidades. O Desta-que Rinconense trouxe muitas pessoas conhecidas, espe-cialmente manezinhos com os quais convivíamos e nos deixaram saudades com a emancipação de Balneário Rin-cão. Embora estejamos sempre em sintonia quando se trata de cultura. Mas a mudança de prefeito também nos distanciou. Há um novo olhar para o que se conceitua cultura e penso que a cultura prestigiada de Rincão será o carnaval. Assim como em Içara são as danças urbanas. Cada dirigente mantem a postura de conceituação.

Mas valeu Mas Nyetto!! Sei que pensamos com critérios muito parecidos e amamos mais que tudo nossa terra e nossa gente. Às vezes lutamos muito para manter de pé nossos ideais, mas sempre argumentei que certos govern-os fazem retardar os ideais, mas nunca os abortam. 

Um dia ou outro ressurgem das cinzas antigas ideias alinhavadas e acontece a realização de alguns sonhos.

Ser uma cidade geminada é um dos fatos, pois ser re-conhecida em outras terras nos faz valente para a luta. Poder manter intercâmbio, mesmo que seja apenas entre a associação reconhecida lá fora, nos motiva para perma-necermos de pé em nossos ideais. Um dia a mudança acontece. Por hora a Associação Cultural Açoriana de Içara (ACAI) quer lhe agradecer a gentileza de nos colocar no mesmo ambiente das entidades mais prestigiadas pelas administrações municipais: Indústria, comércio e os administradores. Parabéns a você, integrante do grupo e que fazem a ACAI ser uma associação reconhecida. De Florianópolis (SC) trouxemos um Destaque e em Içara o segundo Destaque do ano.

Agora é seguir alinhavando sonhos de termos uma sede para a associação e plantando sementes de perseve-rança para as novas gerações que vivem um período histórico atípico. A utopia de nossa juventude parece ser desconhecida da nova geração. Mas somos semeadores e nada nos detém. A colheita ficará para novos operários.

Um abraço do tamanho de nosso amor por nossa terra e por nossa gente. 

TEXTO/ ELZA DE MELO

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Postado por REDAÇÃO JINEWS

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