Coluna de Elza de Mello - 20 de junho/2018

20 Jun, 2018 15:43:42 - Colunistas

IÇARA NOSSA TERRA NOSSA GENTE (303)

É sempre assim: primeiro nos indignamos com as depreciações, os desmazelos pela coisa pública, o desinteresse e o preconceito do ser e saber popular; depois nos colocamos em luta, ordenamos e executamos ações para preservar o patrimônio ameaçado, realizamos mil e um projetos executando-os na força do desejo popular. E então a aquisição popular enche os olhos de quem está no poder e com ares de protetor o gestor acaba por iludir o homem simples e protetor de sua cultura e leva todo o bem popular para um status de glória. Parece que há um compromisso muito sério em administrar aquele patrimônio  organizado  com amor e suor do homem comum.

Mas passado a euforia do momento, o interesse no retorno financeiro, vemos o desinteresse da administração pelo bem cultural; pelo patrimônio que tão bem se guardava no seio da população. Cai em ruinas as construções tombadas e se tornam um tropeço a sua preservação. A construção de bens imateriais sofre a falta de verbas para a sua reprodução porque há a necessidade da aquisição de outros valores importados de Estados e até outros Países de origem em detrimento ao que é local ou nacional. Não há mais como superfaturar a aquisição de bens materiais e imateriais que fale da cultura local, do caldeamento do povo. A secretaria em questão se torna um cabide de emprego gigantesco e devorador de toda notação orçamentária, não sobrando nada além da folha de pagamento. É uma lástima!

E entre todos os problemas está o descumprimento do Pacto Federativo, previsto pela constituição de 1988, visando a descentralização administrativa e uma justa divisão do dinheiro dos impostos entre os governos federal, estadual e municipal. E esta distancia faz com que não haja conhecimento das reais necessidades e desejos do cidadão, de sua cidade e até mesmo de sua região sobre o que é decidido em Brasília com a declaração de que o projeto não atende exigências técnicas e legais para ser aprovado. E somos cientes de que o Brasil é considerado pelo Forun Econômico Mundial, como o País de maior atrativos naturais para o desenvolvimento turístico. Por outro lado, o Brasil ocupa a 137º colocação para negócios turísticos, cabendo um destaque especial a Santa Catarina que tem a sua capital como bela e o pior ambiente para negócios turísticos no Brasil.

Para transpor essa barreira, o Ministério do Turismo está lançando um modelo inédito de consultoria de projetos aos estados municípios e empresas.  A proposta de um avanço para o setor do Turismo passa agora para o Prodetur +Turismo e da eficiência da consultoria oferecida. 

Tomara que a mudança dê viabilidade aos projetos populares e seja um marco fundamental para o desenvolvimento do turismo cultural e rural dando consonância ao ser e fazer do homem em seu maio ambiente. Se tivermos o compromisso da preservação do meio ambiente no campo e na cidade haverá, com certeza, o sucesso e  será erguida aos quatro cantos do país a abandeira  do turismo nacional.  Talvez seja possível uma festa ao nível municipal com todos os segmentos que buscam a famosa fábrica sem poluição e sem rejeitos poluidores – o Turismo.

Içara precisa se equipar para esse projeto, certo de seu potencial e da criatividade de sua gente, eu creio.

ELZA DE MELLO
Postado por ELZA DE MELLO


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