Coluna de Elza de Mello - 06 de março/2019
IÇARA NOSSA TERRA NOSSA GENTE – matizes açorianos (7)
E lá se foi o mês de fevereiro. O mês de março veio entrando com muito barulho e ricas alegorias na maior festa nacional, o Carnaval. Mesmo que as pessoas tivessem esperanças de que o Presidente Bolsonaro iria excluir a festa popular do calendário nacional, na verdade não aconteceu. Não há como excluir uma festa que, na verdade, é um filão de ouro na economia das cidades carnavalescas. Isto sem falar nos inúmeros salários para quem trabalha na indústria do carnaval: fantasias, alegorias, maquiagem e outras funções que a indústria do carnaval faz acontecer. Haja espaço para a criatividade!! E pensar que o inicio do Carnaval foi os bailinhos e os blocos do Zé Pereira, que se aventuravam pelas ruas das grandes cidades a cantar e dançar as marchinhas criadas para o evento do Carnaval. De uma maneira ou de outra, cada etnia colonizadora do Brasil trouxe a sua maneira de festejar o carnaval e aqui, colocou seu bloco na rua e acrescentou com a criatividade das demais etniad colonizadoras e os adornos alegóricos dos donos naturais da terra, os índios. E ,diga-se de passagem, ficou uma festa multicultural de muita criatividade. O Carnarincão que o diga, virou um megaevento microrregional. E aquele entrudo onde os afros eram molhados com agua de polvilho para incrementar a brincadeira, virou 3 dias de festa com a população local e veranistas apreciando e aplaudindo as evolução dos carnavalescos. Parabéns ao Balneário Rincão que soube encontrar um viés da cultura popular para o chamariz de seu potencial turístico. Parabéns ao Prefeito e ao seu Vice-prefeito!
Mas a semana que antecedeu ao Carnaval já foi bem movimentada. As escolas abriram suas portas para receber o retorno dos alunos e professores de seu recesso de final de ano e as férias do mês de janeiro, como determina o calendário escolar. A abertura de um novo ano escolar vem sempre trazendo surpresas e inovando o fazer pedagógico e o processo educacional. Há sempre um novo olhar e nesse ano, há as mudanças trazidas por um novo Presidente Nacional que apregoava muitas ações e mudanças ao que estávamos acostumados a conceituar como educação.
Outro fato que antecedeu ao Carnaval foi o falecimento de Arthur Araújo Lula da Silva, o neto do ex-presidente Lula. Arthur, de 7 anos de idade, faleceu sexta-feira, dia 1º de Março vítima de meningite meningocócica, em São Paulo. A defesa do ex-presidente pediu para que a Justiça autorizasse a saída dele para despedir-se do neto, filho de Marlene e Sandro. E o caso gerou polêmica, já que o ex-presidente não conseguiu estar presente para despedir-se de Vavá, que faleceu no dia 29 de fevereiro, em São Paulo, vítima de um câncer de pulmão aos 78 anos de idade. Ele era um dos irmãos mais próximos de Lula e não foi possível estar presente nesse desenlace.
A morte de Arthur causou uma comoção muito grande e também muita polêmica na possibilidade da presença do Avô ao velório do Neto. Muita gente celebrando a dor de um avô retido em uma cela carcerária. E eu temi a crueldade de certas pessoas que ainda fazem da dor alheia um divertimento. Até que ponto vai a maldade humana? Onde fica o amor e a caridade humana? O pequeno Arthur era só uma criança que amava ao avô... Por que??!
Fica aqui o meu ponto de interrogação molhado de lágrimas.