Coluna de Elza de Mello - 04 de julho/2017

04 Jul, 2017 11:17:01 - Colunistas

IÇARA NOSSA TERRA NOSSA GENTE (216)

Em todos os tempos tivemos provérbios, como falamos na semana passada. Hoje são os chavões  e neologismos que ocupam as manchetes e a comunicação social. E nada mais triste que ficar sem entender a linguagem corriqueira. Se participamos das redes sociais, ainda ficamos mais perto desse aparato linguístico. Mas se não nos entrosamos na grande massa, acabamos por ficar fora da comunicação do momento. E uma palavra atual é a resiliência. Várias pessoas fazem referência à palavra, mas poucas conseguem defini-la e essa definição creio que sintoniza conceito e palavra:

Tirando seus bens materiais, seu dinheiro, sua aparência, seu estudo e suas realizações o que resta é o que você é. Restou você na sua essência. E para aceitar tal conceito, precisamos ser resilientes. Parece que atualmente valemos para a sociedade pelo que temos, pelo corpo perfeito que a moda dita e as academias e cirurgias moldam, pela graduação, independente de saberes.p as badalações e as muitas selfs em lugares de destaque.  E para alcançar esses objetivos há  um soterramento de valores que aprendemos em nossa educação. Que pena!!

Há uma geração sem limites e tratada a base de remédios controladores comportamentais. Hoje são crianças e adolescentes que ditam as normas e as regras nos espaços sociais e se evadem quando não aceitos. Há um vazio existencial e a procura das drogas é o lenitivo consolador do que não tiveram em sua formação, o exagero de liberdade que levou-os a libertinagem. Desconhecem que o outro também tem direitos. Desconhece também que tem os seus deveres para desfrutar dos bens sociais. E quando tentamos falar aos pais, há os que não reconhecem esse parâmetro social a ser respeitado. E é claro, desconhecem o seu papel de pai e de mãe. Que lástima!!

Onde está o civismo, a participação social e política do povo brasileiro? Saíram às ruas em manifestações com cartazes e caras pintadas de verde e amarelo, dizendo que era para endireitar o Brasil. Xingavam com palavreados de baixo calão à Presidenta, eleita democraticamente pelo povo. E   hoje baixam a cabeça diante do descalabro das últimas decisões dos três poderes em Brasília. Um verdadeiro acórdão  que assistimos a tudo sem reação. E o que mais me assusta não é o tamanho da safadeza que já e bem antiga, mas o silencio da sociedade em geral.   E esse silêncio evidencia a existência de corruptos cativos por parte da população que se diz politizada. Acho que não existe em nenhum pais do planeta terra um deputado liberado do presídio, pela justiça sob a alegação de que ele poderá perder o emprego por excesso de faltas. É... triste espetáculo para meus olhos...

O silencio de uns cala a voz de outros como uma mordaça. E dizem que quem cala consente. Triste fim para quem deu suor e sangue pela sua Nação, e ainda tira o chapéu em respeito ao pavilhão nacional.  Sei que você não pode controlar o mundo, mas pode controlar a si mesmo. Conheça seu potencial e abrace as oportunidades.conheça os obstáculos e pondere sua fraqueza. Mas não se deixe intimidar em seus direitos quando arcasses com todos os teus deveres.

ELZA DE MELLO
Postado por ELZA DE MELLO


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