• Coluna Aquila - Excesso de timidez na infância: como reconhecê-la?

Coluna Aquila - Excesso de timidez na infância: como reconhecê-la?

01 Out, 2018 08:46:28 - Colunistas

Timidez na infância é uma característica da personalidade da criança, e não uma doença. É acima de tudo um aprendizado, um estado de comportamento criado por nós, do mesmo modo que se cria um hábito. Naturalmente ela surge em situações em que a criança é observada. 

A questão é que o problema real se inicia quando essa timidez passa dos limites de normalidade e começa a prejudicar o convívio social da criança, a depreciar o desenvolvimento das relações e dos laços afetivos com o passar dos anos.

É normal que crianças pequenas fujam e se escondam de pessoas que não conheçam e com quem não tenham intimidade. Se sua criança não é a mais popular da turma, fala baixo, não gesticula muito, expressa pouco as suas ideias e fica vermelho com facilidade, tudo indica que ele seja tímido.

Os sinais mais comuns da timidez em excesso são aqueles em que há pouca interação da criança com o mundo exterior. Essa dificuldade faz com que a criança se feche em si mesma e evite manter contato com outras crianças. Além disso, ela pode apresentar sintomas como vermelhidão na face, sudorese e gagueira.

Geralmente, a criança tímida está excessivamente focada no julgamento que farão dela e se considera incapaz de corresponder às expectativas, construindo uma imagem negativa de si mesma procurando fugir dessa situação e se isolando.

Brincar sozinha é importante para a criança, pois é assim que ela organiza suas ideias, recria situações, cria hipóteses, treina comportamentos, construindo, dessa forma, seu mundo interno. Só é preocupante quando a criança só quer ficar o tempo todo sozinha  e evita interação com os colegas.

Muitas vezes, uma tarefa simples como ir à escola se transforma numa verdadeira tortura para a criança. O mesmo pode acontecer quando a família é convidada a participar de alguma festa ou evento.

Algumas crianças podem apresentar timidez somente em algumas situações específicas, como falar em público, ou quando são apresentadas a pessoas novas. E embora estes sejam casos de timidez que ocorrem em situações naturais, também merecem atenção dos pais e educadores.

Como a família são as pessoas mais próximas das crianças, o seu papel no tratamento da timidez é fundamental. Uma ótima maneira de iniciar esse processo é estimular o diálogo dentro de casa. Incentivar a criança a falar sobre como se sente e sobre o que gosta de fazer promovendo dessa forma a sua autoconfiança. É importante também sempre transmitir segurança e afeto à criança e evitar criticá-la ou fazer comentários desagradáveis a respeito de sua timidez.

Atividades como a prática de esportes coletivos, teatro, aulas extraclasse também são boas opções para estimular o relacionamento com outras pessoas. Passeios a espaços públicos, praças e parques onde possa ver outras crianças brincando e se divertindo. Incentive a interação espontânea sem forçá-la a nada.

É essencial estar alerta aos sinais de timidez na infância e tentar auxiliar as crianças a superarem o que pode ser um possível bloqueio emocional, muitas vezes de fácil resolução. Procurar ajuda profissional pode ajudar seu filho a crescer com mais autoconhecimento e confiança.

Ieda Elias
Psicóloga Clínica
CRP 12/16494

Claudete Corrêa
Psicóloga Clínica
CRP 12/15541


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