Cia de Teatro Unisul transforma a vida de atriz de 18 anos

06 Dez, 2017 13:40:12 - Educação

Tubarão (SC)

Thaís Müller Teixeira, de 18 anos, sempre foi uma menina exemplar. Tirava boas notas na escola, não faltava quase nunca e vivia cercada de amigos por onde ia. Era divertida, risonha e sociável. Difícil mesmo era vê-la desmanchando o sorriso do rosto. Isso só mudou em 2013, ano que completou 14 anos e, de súbito, sua vida saiu completamente dos eixos. As notas ficaram vermelhas no boletim em questão de semanas. Depois perdeu a energia de sair, de encontrar as amigas, de estudar. Deixou a escola. Perdeu o apetite, perdeu a vontade de se abrir, de conversar e de fazer atividades que precisassem do esforço de levantar da cama. Não sabia o porquê. Para ela, não havia uma causa específica que a encurralava nesse estado. Mas agora, quatro anos depois, ela sabe: era depressão.

“Meus pais descobriram meio tarde que eu tinha depressão”, conta Thaís, relembrando os 14 anos. “Naquela época nem eu sabia. Mas eu fui sentindo uma tristeza inexplicável, uma vontade de sumir, comecei a achar que o mundo ficaria melhor sem mim. Depois perdi totalmente a energia e fiquei vazia. Eu não me importava mais. Não sentia mais nada”, conta ela. Somente quase um ano depois Thaís foi encaminhada ao médico e recebeu o diagnóstico.

Segundo dados da OMS, atualmente a depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo. E em apenas 10 anos, de 2005 a 2015, esse número já cresceu 18,4%. Thaís está inclusa nessa estatística. E também está inclusa na porcentagem de adolescentes que teve pensamentos suicidas durante a adolescência. Entre jovens de 15 e 29 anos, o suicídio foi a segunda maior causa de mortes em 2015. Thaís desabafa: “eu só não acabava com a minha vida porque a doença impedia. Não tinha energia nem para tomar uma atitude”.

TEXTO/ASSESSORIA DE IMPRENSA
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