Caso Veigamed sobe para o STJ por suspeita de participação do governador
Florianópolis (SC)
Segundo vários sites catarinenses o Ministério Público de Santa Catarina vislumbrou participação do governador Carlos Moisés (PSL) no pagamento antecipado de R$ 33 milhões para a compra de 200 respiradores que não foram entregues no prazo.
A manifestação fundamentou o despacho do juiz Elleston Canali, da Vara Criminal de Florianópolis, que enviou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) os autos da Operação Oxigênio, que mira a contratação.
Ao despachar o processo, o juiz Elleston Canali apontou que as investigações, por agora envolverem indícios da participação do governador, devem ser analisadas pelo STJ devido à prerrogativa do foro. "Determino que sejam, com urgência, encaminhados estes autos, seus apensos e, ainda, bens e objetos eventualmente apreendidos, com as devidas anotações nos registros", ordenou.
O caso foi revelado pelo portal The Intercept Brasil. A compra dos respiradores foi feita em questão de horas e o pagamento foi efetuado antes da entrega dos equipamentos. Cada aparelho custou R$ 165 mil - valor muito acima dos preços praticados pela União e pelos outros Estados, que variam de R$ 60 mil a R$ 100 mil.
Além da entrega não ter sido realizada no prazo, a Veigamed tinha sede no Rio de Janeiro e não apresentava, em seu site, a venda de respiradores como um dos produtos da empresa. Em abril, a Justiça bloqueou os R$ 33 milhões transferidos do governo para a empresa por considerar 'dúvidas' no processo de contratação.