Cálculos de matemática viram peça de teatro em Içara

Içara (SC)

Os números vão se transformar em arte na próxima aula de matemática da Escola Antônio Guglielmi Sobrinho, do bairro Vila Nova em Içara. Os 32 estudantes da turma 3003 do ensino médio vão expor sua criatividade na apresentação de peças de teatro na quarta-feira, 24 de agosto, às 19h30, no auditório da escola para a comunidade escolar. As encenações foram inspiradas a partir dos conteúdos de cada capítulo do livro O homem que calculava de Malba Tahan. 

“As criações estão fantásticas e me surpreenderam de forma positiva vai ser um belo espetáculo está apresentação”, destaca o professor de matemática Valdir Machado da Silva idealizador do projeto. Conforme o professor, ele resolveu utilizar a arte do teatro como uma alternativa para melhorar o ensino da matemática e, por consequência, contribuir na aprendizagem das demais disciplinas como filosofia, química, língua portuguesa, história e artes. “Resolvi colocar em prática, após constatar o grande número de reprovação em matemática e nas redações propostas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) usando o livro como fonte para estimular a inspiração deles”, observou. A direção da Gered, IFSC, Departamento de Matemática da Unesc e a Secretaria de Educação do Estado devem assistir as encenações. 

METODOLOGIA: Cada capítulo possui um problema para ser resolvido então foi indicada a leitura da obra. Após a conclusão, os capítulos foram transformados em peças ou skates teatrais. “Sugeri ainda a composição da letra de uma música inspirada no assunto desafiando a multidisciplinaridade”, conclui Valdir. 

SOBRE MALBA TAHAN 

O escritor Malba Tahan é o pseudônimo de Júlio César de Mello e Souza nascido em 1895 no Rio de Janeiro. Foi professor, engenheiro civil, escritor e conferencista. Júlio César se formou em Engenharia Civil— profissão que nunca chegou a exercer— e tornou-se professor de História, Geografa e Física antes de chegar à Matemática, matéria pela qual se apaixonou e que mudou radicalmente a sua vida. A ideia de criar um pseudônimo nasceu quando o escritor tinha 23 anos e era colaborador de um jornal carioca onde entregou alguns de seus contos ao editor, porém, ao perceber que jamais os publicariam, retirou-os para depois reapresentá-lo fictício escritor Americano — dizendo ao editor que tinha acabado de traduzi-los por que estavam fazendo sucesso em Nova York. Como professor de matemática, Malba Tahan era um inconformado com os métodos de ensino da época, que considerava ultrapassados. Começou, então, a desenvolver as suas aulas através de jogos, desafios, brincadeiras e histórias. Por isso, é considerado um precursor dos métodos de ensino lúdico-didáticos e da popularização da matemática.

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