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Bispo Dom Jacinto convida à verdadeira vivência do Natal

22 Dez, 2016 16:43:19 - Variedades

Criciúma (SC)

As casas repletas de luzes, que piscam ininterruptamente, as árvores e guirlandas carregadas de enfeites e os "papais noéis", pendurados nas sacadas e janelas, anunciam, já há algum um tempo, que se aproxima o Natal. O corre-corre toma conta da vida das pessoas, estressadas em mais um final de ano com os afazeres do trabalho e preocupadas com as compras de comida para a ceia e de presentes, a fim de não deixar nenhum ente querido para trás. Diante dessa realidade que se estabelece na sociedade, é preocupação da Igreja anunciar, a cada tempo do Advento, que antecede a grande festa do nascimento de Jesus, o verdadeiro sentido e origem do Natal. A Igreja Católica faz o anúncio da boa nova do Salvador que, ao assumir condição humana, dá origem à solenidade, e insiste para que todos busquem vivê-la de forma cristã, recolocando Cristo em seu centro.

Viver o verdadeiro sentido do Natal

"O Natal é a festa da alegria e da salvação que vem de Deus, do presente que o céu mandou para a terra. Se nós partilhamos presentes, devemos lembrar o principal presente que Deus enviou: o seu Filho, que nos trouxe vida e salvação", ressalta o Bispo da Diocese de Criciúma, Dom Jacinto Inacio Flach.

Conforme o epíscopo, a festa do Santo Natal deve ser preparada durante todo o tempo e, pontualmente, no Advento, de modo que seja celebrada, verdadeiramente, como uma festa cristã. "Uma festa que lembre Jesus Cristo, seu nascimento. Deve ser preparada através da participação na Liturgia, nas celebrações em nossas comunidades; e através de obras de caridade. Também, sobretudo, pela confissão sacramental, para que ali esteja preparada, realmente, a manjedoura de nossa alma para acolher o Salvador. Este é o sentido fundamental. Se nos faltar isto, será apenas uma festa social, sem a participação de Cristo, que deveria ser o ponto central de toda essa festa", alerta o Bispo Diocesano.

Por um Natal em que se promova a paz

Segundo Dom Jacinto, a festa do Natal precisa ser, urgentemente, resgatada. "Sobretudo, no contexto em que vivemos hoje, no mundo, com tanta violência, criminalidade e tantas outras coisas que trazem insegurança ao ser humano, precisamos resgatar o centro desta festa que é o Natal, a festa da paz: o Príncipe da paz nasceu e trouxe paz à humanidade. Se nós ainda não encontramos paz no mundo, é porque as pessoas ainda não deixaram os anjos cantarem em seus corações "paz na terra às pessoas de boa vontade". Falta muita boa vontade para que esta paz possa, realmente, chegar aos corações. Desejamos tanta paz, alegria, felicidade, mas elas devem vir com a mudança de construirmos a paz em nossas comunidades, em nossas famílias e em toda a sociedade. A paz vem de Deus, é fruto de um dom de Deus se nós estivermos unidos a Ele. Desejamos, tantas vezes, que a paz esteja em nosso meio, mas ela é fruto da acolhida, da presença de Deus. Mais do que nunca, precisamos, muito, que o Natal nos ensine a encontrar a paz", afirma o Bispo.

Um dos símbolos mais importantes: o presépio

Entre os muitos sinais usados pela Igreja estão a Coroa do Advento, composta por quatro velas que marcam cada semana de preparação e o tradicional presépio. A tradição de remontar a cena do nascimento de Jesus em Belém, em uma estrebaria, após Maria e José não encontrarem abrigo, teve origem em 1223, num gesto iluminado de São Francisco de Assis, após ler um trecho do Evangelho escrito por São Lucas que remontava ao acontecimento daquela noite santa. A atitude de São Francisco, que montou o primeiro presépio na cidade italiana de Greccio é repetido, através dos tempos, em todo o mundo.

Dom Jacinto recorda a tradição em sua terra natal, a cidade gaúcha de Bom Princípio. "Além das casas de famílias, dentro da comunidade havia um espírito muito bonito, que o pároco sempre fazia questão de delegar aos seminaristas, que formavam uma turma grande, de prepararem o presépio. Era uma verdadeira obra de arte, onde se dedicava muito cuidado para preparar bem, para que fosse, realmente, de acordo com o que a própria Bíblia nos ensina. Era algo muito precioso, que se fazia com tanto carinho, porque depois era visto por todas as pessoas. Lembro-me de que muitas vezes ajudei a preparar este presépio de natal na igreja matriz, que fica ao lado do seminário", recorda.

Natal em família

Neste dia 24 de dezembro, Dom Jacinto Inacio Flach irá presidir missas às 15 horas no Asilo São Vicente de Paulo e às 19 horas, na igreja São Paulo Apóstolo, ambos no bairro Michel; e às 20h30min na Catedral São José. O dia 25 será dedicado à família, com quem o Bispo irá celebrar mais um Natal. "O Natal e a Páscoa sempre foram muito celebrados em nossa família e na comunidade onde nos criamos. O Natal sempre foi uma festa preparada, em primeiro lugar, na parte espiritual. Nós nem sequer falávamos em Papai Noel; mas no Menino Jesus. Algo que, realmente, era vivido e preparado todo o tempo do Advento, com muita alegria", recorda Dom Jacinto.

O Bispo também se lembra das tradições da família Flach, mantidas até hoje pela mãe, Maria América, de 95 anos, e pelos oito irmãos. "Preparávamos o Natal também fazendo bolachas e biscoitos coloridos, mostrando a alegria, além da preparação do próprio ambiente, com o pinheirinho e o presépio. Nas celebrações da família, nos juntamos ao redor do presépio e até hoje fazemos questão de nos encontrar, todos, sempre no dia do Natal, junto de nossa mãe. Celebramos, então, a Sagrada Família de Nazaré: é sempre uma inspiração para nos perdoarmos, nos amarmos, nos ajudarmos uns aos outros. O Natal sempre foi uma das maiores festas que se celebrava em nossa família. Até hoje, meus irmãos, minhas irmãs e meus sobrinhos participam bastante com esse espírito que vivemos desde criança. Natal é uma festa de muita alegria, de paz e de esperança; uma festa digna da vinda do Salvador em nosso meio!"

TEXTO: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃOFOTO: DIVULGAÇÃO