Home / Notícias / Economia / Banana para a população no protesto dos bancários em Criciúma

Banana para a população no protesto dos bancários em Criciúma

20 Set, 2016 17:31:45 - Economia

Criciúma (SC)

Bancários distribuíram 40 quilos de banana para as pessoas que circularem próximo a agência do Bradesco, no Centro de Criciúma (SC), nesta terça-feira (20/9).

O protesto bem humorado “Uma banana para os banqueiros” é mais um ato no cenário da greve dos bancários completando 12 dias em Criciúma (SC).

"Com humor estamos denunciando que os bancos são responsáveis pela greve. A alta lucratividade do sistema financeiro permite que se feche um acordo sem greve. No entanto, a ganancia dos banqueiros é tanta que insistem em arrochar o salário de seus trabalhadores”, explica o presidente do Sindicato dos Bancários, Edegar Generoso.

A paralisação atinge os bancos públicos e privados: Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, HSBC, Santander, Banrisul, Safra, Itaú e Itaú Unibanco. Estão fechados 52 agências e três departamentos nos municípios de Criciúma, Içara, Morro da Fumaça, Forquilhinha, Cocal do Sul, Urussanga, Siderópolis e Nova Veneza. Os bancários reivindicam reposição da inflação do período (estimada em 9,57%) e mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho.

LUCRO DOS BANCOS E REDUÇÃO DO EMPREGO

O DIEESE divulgou esta semana os resultados do primeiro semestre de 2016 do Desempenho dos Bancos. Apesar do cenário econômico adverso, os cinco maiores bancos do país fecharam o primeiro semestre deste ano com lucros expressivos. As cinco maiores instituições bancárias do país: Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal totalizou R$ 5,8 trilhões.

Os números foram resultado do bom desempenho em seguros, previdência e capitalização, da elevação das receitas com tarifas e serviços e da queda nas despesas com empréstimos e repasses propiciada pela valorização do real frente ao dólar, que barateou os recursos captados pelos bancos no exterior.

No primeiro semestre, os cinco bancos fecharam um grande número de postos de trabalho. Em relação ao mesmo período, em 2015, são mais de 13 mil postos fechados.